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Economia
Sexta - 18 de Março de 2005 às 10:02
Por: Juliana Scardua

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Os 30 frigoríficos instalados em Mato Grosso estão nas mãos de 10 grupos desse segmento industrial. A centralização levanta preocupação no setor pecuário, especialmente após a formalização da denúncia de cartelização de preços protocolada na quarta-feira pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) contra oito frigoríficos, três deles com atividades em Mato Grosso, na Secretaria de Direito Econômico (SDE). As indústrias serão notificadas hoje e terão o prazo de 30 dias para encaminhar esclarecimentos à secretaria.

Friboi, Marfrig, Frigoalta, Bertin, Independência, Mata Boi, Boifran e Brasboi serão investigados. Os três primeiros citados mantêm unidades no Estado, reunindo cinco plantas. O Frigoalta possui abatedouros nos municípios de Canarana e Pontes e Lacerda, enquanto Marfrig desenvolve atividades em Paranatinga e Tangará da Serra. Já o Friboi detém uma unidade em Várzea Grande.

Embora desconheça o número de empresas no segmento frigorífico, o presidente da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Jorge Pires, ressalta que toda concentração de indústrias desfavorece o setor produtivo e os consumidores.

Pires lembra que o mercado é livre, mas os pecuaristas cobram acima de tudo transparência no processo de compra e formação de preços. "Se tivéssemos um único empresário como dono desses frigoríficos não seria problema, desde que houvesse transparência na compra da produção do pecuarista", frisa.

O presidente afirma que a denúncia da CNA simboliza o momento ideal para que se reúna para discutir os gargalos da atividade. "Esperamos que isso sirva para que todos, pecuaristas e frigoríficos, sentem na mesma mesa e trate as questões como elas são de fato. O que interessa a ambos os lados é o equilíbrio da cadeia, que só será possível se chegarmos a um denominador comum", pontua.

Além do pagamento do preço justo pela arroba do boi gordo, segundo Pires, o setor se empenha em assegurar melhorias na qualidade da carcaça, maneira para se viabilizar maior rendimento do animal e melhor preço no momento do abate.




Fonte: A Gazeta

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