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Nacional
Terça - 15 de Março de 2005 às 08:04
Por: Ricardo Valota

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Brasília - O ex-deputado federal Hildebrando Pascoal, cassado e preso desde 1999 sob acusação de chefiar um esquadrão da morte e de ter ligações com o narcotráfico no Acre, foi condenado nesta terça-feira a 25 anos e meio de prisão, pelo Tribunal do Júri de Brasília por crime de homicídio. Ele era acusado de ser o mandante do assassinato do policial civil Walter Ayala. A sentença foi anunciada pela juíza Maria de Fátima de Paula.

Ayala foi morto em 1997 com três tiros na cabeça, dentro de um ônibus, em Rio Branco, pouco depois de dar informações ao Ministério Público acreano sobre o esquadrão de extermínio comandado por Hildebrando no Estado. O policial tinha depoimento marcado para formalizar a denúncia na subcomissão de investigação do Ministério da Justiça enviada ao Acre naquele ano, mas morreu antes de ser ouvido.

O julgamento, que começou há uma semana, terminou hoje, por volta das 5h30, em Brasília, onde foi realizado por questão de segurança. Dos quatro envolvidos no assassinato, apenas um foi absolvido: Alexandre Alves da Silva. Raimundo Alves de Oliveira, que teria atirado contra a vítima, foi condenado a 24 anos e seis meses. Reginaldo Rocha de Souza, co-autor do crime, foi condenado a 22 anos e seis meses.

Ainda hoje, o ex-deputado e coronel PM Hildebrando Pascoal volta para a prisão, no Acre. Ele também é acusado em mais de 60 assassinatos ocorridos nas décadas de 1980 e 1990, atribuídos à sua organização criminosa, e em processos por tráfico de drogas, roubo de cargas e formação de quadrilha.

O bando era conhecido pela crueldade com que executava suas vítimas. Algumas tinham olhos e língua arrancados, ou membros cortados com motosserra.





Fonte: Agência Estado

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