Repórter News - www.reporternews.com.br
Economia
Segunda - 14 de Março de 2005 às 07:06
Por: Juliana Scardua

    Imprimir


O mundo virtual arrebanha cada vez mais adeptos, seja pelas praticidades ou pelas opções de entretenimento que oferece. Neste quesito, destacam-se atualmente no mercado as lan houses, casas de jogos computadorizados que se tornaram o point de encontro de pessoas, principalmente crianças e adolescentes. O crescente sucesso de público, impulsionado pelo cotidiano high tech dos tempos modernos, atrai empresários e um volume cada vez maior de investimentos.

De acordo com informações da Junta Comercial de Mato Grosso (Jucemat), existem 64 empresas de jogos eletrônicos e fliperamas no Estado. Desse conjunto, 36 empresas estão fixadas em Cuiabá. No entanto, ainda não é possível precisar o total específico de lan houses nessa categoria de empresas. O órgão sinaliza que a nova modalidade ainda não foi incluída num campo próprio na Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE), sistema gerenciado pela Receita Federal.

Francisco Nogueira Neto, 41 anos, é um dos empreendedores que apostaram nas lans houses. Há um ano e meio no negócio de jogos eletrônicos, Neto investiu R$ 170 mil para montar a Virtual X1 Games, no Pantanal Shopping. As despesas mensais, incluindo a taxa de condomínio do espaço comercial, funcionários e manutenção dos equipamentos, oscila entre R$ 7 mil e R$ 8 mil.

A casa conta com 20 computadores e uma infinidade de jogos. O usuário paga R$ 4 por hora do serviço. O pico de movimentação na loja se concentra nos finais de semana e na quarta-feira, quando a circulação de pessoas no shopping aumenta em função das promoções no cinema. Nos sábados e domingos a lan registra em média 150 clientes. Cada um deles geralmente permanece em frente do computador de uma a duas horas.

Além dos jogos eletrônicos, a casa oferece os serviços de navegação pela internet, impressão de documentos e a utilização do aparelho de fax. Ao contrário dos jogos, que figuram como a preferência máxima dos jovens, os outros três serviços prestados atendem aos adultos, minoria na carteira de clientes da Virtual X1 Games. Neto lembra que a proximidade com os órgãos públicos espalhados pelo Centro Político, área vizinha ao shopping, favorece o consumo desses serviços por profissionais, além de lojistas do próprio shopping que dependem do fax, por exemplo, para efetuar transações comerciais.

O ex-proprietário de uma garagem de compra e venda de automóveis se diz realizado com o novo ramo de atividade. "Achei que montar uma lan era uma coisa viável e de futuro. Além do lado financeiro, é um serviço gratificante porque não há stress. Eu ganhava mais antes, mas hoje estou muito mais satisfeito pessoalmente", revela.




Fonte: A Gazeta

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/353048/visualizar/