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Agronegócios
Sábado - 05 de Março de 2005 às 14:20

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O Sindicato Rural em Sorriso (420 quilômetros da capital), considerada a maior produtora de soja do país, alerta os sojicultores para segurar a produção por mais tempo. Apesar da crise no sul do país por causa da seca e da alta na bolsa de Chicago-que esta operando em US$ 6,22 /bushel (unidade de medida utilizado nos EUA) que influi positivamente no preço da soja no estado, o sindicato pediu cautela na comercialização.

Sorriso já colheu 50% da safra estimada para este ano, 1,5 milhão de toneladas de soja, com produtividade de R$ 55 a R$ 60 por saca, que está sendo comercializada em torno de R$ 23.

O presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Rubens Nardi, afirmou que estes números não garantem o equilíbrio entre custo e produção, já que as chuvas em demasia podem ajudar a proliferação de doenças como a ferrugem asiática e a mosca branca. “Estamos preocupados com a ferrugem asiática e principalmente com a proliferação da mosca branca que no ano passado causou uma grande perda na safra”, afirmou Rubens.

Ele disse que a decisão da prorrogação das dívidas dos produtores e liberação de R$ 500 milhões do governo federal para a política de comercialização apresentadas no encontro com governadores e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, em Rio Verde (GO), aumentou a expectativa dos produtores em relação à crise que se abateu sobre o estado. “As expectativas são grandes, isso provavelmente vai desafogar o setor e poderemos pagar nossas contas”, exaltou Rubens.

Já um problema apontado pelo presidente do sindicato é a falta de lugar para armazenagem dos grãos, para segurar o preço já que as multinacionais que faziam este trabalho estão comprando à vista e não segurando a colheita como antes. “As multinacionais estão comprando à vista. Antes podíamos segurar a produção nos armazéns deles até o preço melhorar,"afirmou.

O sindicato de sorriso também está orientando o sojicultores a negociarem se possível com a alta do dólar e valorização da saca de soja. “Quando a saca chega a R$ 28 ou se o dólar subir para a marca dos três reais, o produtor pode vender sem problemas. Com este valor o produtor consegue pagar a dívida sem prorrogação”, afirma Rubens.

Prorrogação das Dívidas

A Famato – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso, está disponibilizando um modelo do pedido de prorrogação das dívidas para os produtores junto aos sindicatos.

O produtor deve seguir o seguinte procedimento: ir ao banco que negociou a dívida, com um pedido de prorrogação (de acordo com o modelo da Famato) junto com um relatório assinado por um técnico agrário atestando a capacidade do produtor em quitar as dívidas dentro de um prazo mais dilatado.





Fonte: Midia News

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