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Cidades/Geral
Quarta - 02 de Março de 2005 às 09:55

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Na porta da Câmara, os trabalhadores aproveitaram para protestar

Cerca de 30 representantes do Movimento em Defesa do Metrô aproveitaram ontem a cerimônia que deu início aos trabalhos da Câmara dos Vereadores, na Praça da Sé, para pedir do prefeito João Henrique esclarecimentos sobre as verbas destinadas às obras. Depois de uma reunião rápida com o prefeito, eles obtiveram a promessa de que, dentro de 60 dias, R$106 milhões serão injetados para o adiantamento das construções, sendo R$89 milhões do governo federal. Os R$17 milhões restantes serão investidos pela prefeitura e governo do estado.

"Aproveitamos o começo das atividades da Câmara para cobrar do Legislativo um compromisso com o metrô. O transporte é da cidade. Nós queremos do atual prefeito a mesma relação que tínhamos com a gestão anterior, de clareza", disse o coordenador do movimento Joceval Elías Tuburço. Segundo ele, o histórico das verbas destinadas às obras do metrô pelo governo federal não oferece credibilidade à população, nem aos ex-trabalhadores, demitidos ano passado.

Ele afirma que as obras empregavam 1.400 trabalhadores diretos e cerca de 6 mil indiretos, hoje existem apenas 400 funcionários diretos. "Foi muita gente prejudicada. Com essa nova promessa de dinheiro, podemos pensar em ter nosso trabalho de volta. Espero que não façam igual ao governo anterior, que em vez de liberar, cancelou um investimento de US$32 bilhões", relembrou.

Na segunda-feira à tarde, os representantes do movimento estarão, junto com estudantes, nas estações de transbordo Iguatemi, Mussurunga, Pirajá e Lapa realizando manifestações. De acordo com um dos coordenadores, Afonso Celso Santana, a intenção da movimentação é chamar a sociedade para a real situação das obras do metrô, atrasadas há dois anos. "Estaremos distribuindo panfletos e informando a população sobre como as obras vêm se arrastando e quanta gente está desempregada. Nós necessitamos de trabalho e a cidade precisa de mais uma alternativa para o transporte coletivo. Estamos vendo a hora da situação se transformar num verdadeiro colapso", acrescentou Santana. O manifesto deve contar com a presença de moradores de 56 bairros diferentes da cidade, a maioria desempregada das obras do metrô. "Vamos aguardar a chegada da verba, mas ainda assim é preciso o espírito de parceria entre a prefeitura, Assembléia Legislativa, governos federal e estadual.

Precisamos que todos assumam um compromisso de verdade", frisou.





Fonte: Correio da Bahia

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