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Politica Brasil
Quarta - 02 de Março de 2005 às 07:30
Por: Lygia Lima

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O ex-prefeito interino de Primavera do Leste, vereador Angelim Baraldi (PPS), conseguiu uma liminar na Justiça garantindo a sua permanência como presidente do Legislativo Municipal mesmo depois de ter assinado um termo de renúncia do cargo. A liminar foi dada pela juíza Adriana Sant’anna Coningham e entregue ao presidente em exercício no final da tarde de segunda-feira. O mandato que devolveu a presidência a Baraldi foi lido durante a sessão ordinária da Câmara na noite de segunda-feira pelo vereador Luiz Magalhães, que vinha exercendo a função.

Os demais vereadores de Primavera do Leste afirmam que Baraldi teria formalizado um acordo em que se comprometeria em renunciar a presidência caso tivesse a oportunidade de dirigir o município enquanto a Justiça Eleitoral não julgava o processo de cassação do prefeito eleito Getúlio Viana, e por isso teria sido eleito presidente e o criticaram duramente na sessão por ter descumprido o compromisso.

Ainda de acordo com os parlamentares, Baraldi teria assinado conscientemente a renúncia que foi lida em plenário durante a cerimônia de diplomação e sessão de posse de Getúlio Viana na semana passada, no Fórum de Primavera. Após a leitura do documento de renúncia, Baraldi disse que assinou o documento sem conhecer o seu teor. Angelim Baraldi, mesmo com a liminar em seu favor, não compareceu à sessão ordinária, mas desde a manhã de ontem, assumiu a função de presidente.

Após ler o mandato que reintegrou a presidência a Baraldi, Magalhães que estava visivelmente abatido com a situação afirmou: "A política é para todos aqueles que sabem perder e mesmo assim continuam sorrindo e não pensam em vingança". Outros vereadores aproveitaram a oportunidade para expressar solidariedade a Luiz Magalhães. O vereador Eraldo Fortes (PL) foi quem fez as mais duras críticas a atitude de Baraldi. "Nós vamos ter que conviver com um cidadão durante dois anos tentando fazer falcatruas, que é a especialidade dele", discursou Eraldo Fortes.

O vereador peemedebista, José Tonon, pediu que na lista de material da Câmara fosse inserido também a compra de óleo de peroba, porque seria muito utilizada dali por diante. Angelim Baraldi vem protagonizando as mais hilárias cenas da política primaverense desde a sessão de posse realizada no dia 1º de Janeiro. Durante a posse dos eleitos, ele que presidia a sessão, se auto-denominou prefeito interino, depois simulou um desmaio para continuar no cargo, e teria assinado o termo de renúncia no dia 14 de janeiro num acordo em que foi eleito presidente da Câmara permitindo com isso que continuasse como prefeito interino até o julgamento do processo de cassação.

Na semana passada, acusou os vereadores de terem colocado o documento de renúncia junto a outros documentos para que fosse assinado por ele sem que tivesse conhecimento, chegou a amassar o documento e entregá-lo para populares enquanto saia do plenário do Fórum sob vaias dos presentes.




Fonte: Diário de Cuiabá

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