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Saúde
Segunda - 21 de Fevereiro de 2005 às 06:58

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Existem muitos mitos sobre a "pílula do dia seguinte". O primeiro deles é que ela seja "abortiva". O ginecologista Victor Rodrigues, que também é superintendente da Atenção Integral à Saúde do Estado, garante que quem pensa dessa maneira não tem conhecimento do mecanismo de ação do medicamento. Por utilizar o hormônio progesterona, ele não pode matar um embrião que já esteja colado à parede do útero.

"O contraceptivo de emergência apenas impede o processo de fecundação do óvulo pelo espermatozóide ou então, se já ocorreu essa fecundação, que às vezes pode ser rápida, ainda durante a relação sexual, a pílula impede que o óvulo fecundado cole na parede do útero. Se a literatura médica indica que não há gravidez antes do processo nidação, não há como ocorrer um aborto".

Ele explica ainda que caso a mulher já esteja grávida, isto é, se o óvulo fecundado tiver colado (nidado) na parede do útero, o medicamento não provoca nenhuma reação adversa ou dano ao embrião, até porque é feito do hormônio que mantém a gravidez. "Agora existem pílulas, também conhecidas como "do dia seguinte" que são abortivas, produzidas com fórmulas similares a do Citotec. O contraceptivo de emergência não tem nada a ver com isso, é outro mecanismo, muitos não sabem dessa diferença".

Quanto mais cedo tomar, maior a eficácia. A pílula pode ser ingerida até 72 horas depois da relação desprotegida, mas, nesse caso, a eficácia é de apenas 72%. Se a mulher ingerir o medicamento nas primeiras 12 horas, a eficácia sobe para 99%.

"Antes de se popularizar a pílula do dia seguinte é necessário melhorar o acesso aos contraceptivos comuns", completou Rodrigues, lembrando os outros métodos.




Fonte: A Gazeta

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