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Saúde
Sexta - 18 de Fevereiro de 2005 às 21:58

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O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, informou que 240 mil cápsulas de AZT, medicamento que compõe o coquetel antiaids, serão encaminhados amanhã ao estado de São Paulo e, na próxima semana, a "situação estará resolvida". Desde novembro, vêm ocorrendo irregularidades no fornecimento da medicação no estado. O consumo do coquetel em São Paulo é de 1,8 milhão de comprimidos por mês. Neste mês, o estado recebeu apenas 60 mil.

Segundo o secretário, uma nova remessa, também de 240 mil comprimidos de AZT, está prevista para segunda-feira. E, na sexta-feira da próxima semana, mais 400 mil cápsulas chegam a São Paulo.

O corte no fornecimento foi decorrência da importação da matéria-prima do AZT, chamada de sal básico. Apesar de quatro laboratórios brasileiros produzirem o medicamento final, a matéria-prima vem da Índia, e "o produtor descumpriu o contrato e atrasou em 60 dias a entrega", explicou o secretário.

Quanto ao Atanzanavir, outro componente do coquetel antiaids, que também está em falta em São Paulo, a regularização no fornecimento será mais lenta. Apenas no dia 3 de março, o Atanzanavir voltará a ser distribuído. Segundo Jarbas Barbosa, o medicamento era menos utilizado e, no último ano, "o consumo aumentou muito por causa da propaganda que o laboratório fez".

O secretário disse que, para evitar um novo atraso no fornecimento, devido a problemas na importação, o Brasil irá fazer um "estoque estratégico" para se prevenir. Ele lembrou também que uma linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), chamada Profarma, está financiando estudos de laboratórios brasileiros para que, no futuro, o Brasil venha a produzir a matéria-prima.




Fonte: Agência Brasil

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