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Cultura
Sexta - 07 de Janeiro de 2005 às 11:30
Por: Wanderley Wasconcellos

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O prefeito Zózimo Wellington Ferreira Chaparral, (PCdoB), recebeu nesta quinta (06), em seu gabinete, 13 componentes da Folia de Reis de Barra do Garças que pela primeira vez, em seus 21 anos de existência, visitou e cantou na Prefeitura do Município a convite da Secretaria de Cultura que tem à sua frente o compositor Divino Arbués.

O mestre da folia, Valentino Moreira dos Santos Filho, de 51 anos, e a alferes da bandeira Maria Rodrigues, entraram cantando com os outros foliões pelos corredores da prefeitura até o gabinete onde entregaram a bandeira dos três Reis Magos (Baltazar, Belchior e Gaspar) ao prefeito Chaparral que ao lado de secretários de sua administração, assistiram a apresentação, cujos traços culturais de cantos, dramas e encenações remontam à Idade Média, enquanto que no Brasil a Folia de Reis chegou com os jesuítas no século XVI.

Valentino, que é funcionário da prefeitura, disse em tom emocionado que em seu trabalho na limpeza pública lida com o lixo nas bocas-de-lobo “e nunca pensei um dia estar aqui neste gabinete. Eu digo isso em meu nome e de meus companheiros que também estão alegres em poder ser recebido pelo prefeito”.

Agradecendo a visita da Folia de Reis, o prefeito Zózimo Chaparral assegurou que sua administração está comprometida em resgatar todas as manifestações culturais e religiosas do município. “Este gabinete, que antes recebia apenas os protegidos e engravatados, hoje está aberto para os pés-descalços, para a gente do povo que precisa ser respeitada pelo seu prefeito. Esta casa é de todos vocês”, disse ele aos foliões.

Em Barra do Garças, a tradição de Folia de Reis surgiu nas primeiras décadas do século passado. Com o crescimento urbano da cidade, esses humildes foliões migraram para a periferia da cidade onde repassam, ao longo dos anos, essa tradição aos seus descendentes. De certa forma excluída do processo econômico do município a Folia de Reis precisou esperar 56 anos para ser reconhecida como um bem cultural do município que tem à sua frente um prefeito comunista que, a exemplo de outros seus pares, durante sua trajetória política sempre foi injustamente acusado de não respeitar a religiosidade do povo.




Fonte: Da Assessoria

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