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Saúde
Sexta - 24 de Dezembro de 2004 às 08:01

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Um dos maiores problemas do município de Tangará da Serra é com relação à saúde pública. Apesar dos inúmeros investimentos que foram realizados pela atual administração, muito ainda há por fazer no município. Segundo o atual secretário de Saúde, Eli Ambrósio, um dos maiores entraves da pasta é com relação à atenção básica e o setor de odontologia. Para ele, as ações realizadas nos seis meses de sua administração só foram suficientes para tirar a secretaria da “vala”. “Conseguimos tirar a secretaria da vala, agora ficará para o próximo gestor municipal fazê-la andar”, comentou o secretário, destacando que quando assumiu a pasta, nem recurso disponível para os serviços essenciais existia.

Segundo o secretário, os maiores avanços da atual administração foi com relação à Unidade Mista de Saúde, o setor de fisioterapia e o atendimento no Centro de Apoio Psicossocial, CAPS. “Estamos deixando a Unidade Mista em pleno funcionamento, com medicamentos no estoque, com um moderno aparelho de raios-x funcionando, com a reforma e ampliação em andamento, entre outras ações. Com relação à fisioterapia, conseguimos reformar todos os aparelhos e as salas onde funciona o centro de reabilitação, e, com isso, estamos proporcionando aos usuários melhor comodidade”, destacou, lembrando que até o final do ano, será entregue à população as novas instalações do CAPS, o que irá beneficiar ainda mais o atendimento da população.

Mesmo com as reformas acontecendo na Unidade Mista, as reclamações com relação aos atendimentos e serviços prestados à população continuam, principalmente no que diz respeito as filas e a demora no atendimento, além dos serviços que não são oferecidos no município, e as pessoas têm que se deslocarem até Cuiabá. “No meu bairro não tem atendimento de saúde. Quando eu preciso de algum tipo de atendimento, tenho que recorrer até a Unidade Mista, e quando a gente chega na Unidade, é só fila. O problema não é pegar filas, é que a maioria da população da cidade só tem esse local para receber atendimento. Aí fica difícil para todo mundo. Alguma coisa tem que ser feita para mudar”, ressaltou Anete Maria Borges da Silva, 42 anos, que há sete anos mora em Tangará da Serra e espera que as mudanças aconteçam.

Já o senhor Francisco Machado Gusmão, 67 anos, morador do bairro Vila Esmeralda, informou que as mudanças realizadas na saúde foram importantes, mas infelizmente faltam muitas coisas a serem modificadas. “Não é possível você ter que se deslocar até o centro da cidade para buscar um medicamento. Também não acho certo você não ter um atendimento de saúde no seu bairro. A Unidade Mista tinha que ser só para os serviços de urgência, não para os atendimentos corriqueiros”, desabafou, destacando que uma das coisas que ele acredita que foi melhorada na saúde foi com relação ao roubo.

FARMÁCIA BÁSICA: Segundo o secretário de saúde, ao invés de descentralizar o atendimento das farmácias básicas, ele teve que ser centralizado. “Não existia controle de nada do que saía ou entrava nas farmácias. Tive que centralizar, além de não haver controle dos medicamentos, as farmácias não tinham nenhuma condição de infra-estrutura. Para se ter uma idéia, quando chovia, molhava mais dentro das farmácias do que fora”, explicou o secretário, afirmando ainda que ficará para a próxima secretária realizar as reformas e a partir daí de forma planejada descentralizar para as unidades de saúde.

ATENÇÃO BÁSICA: Tangará da Serra teria que ter, para cobrir toda a população, com os atendimentos básicos de saúde, 26 unidades do Programa Saúde da Família, PSF, mas o município só dispõe de três unidades. Por esse motivo, a porta de entrada do sistema, que era para ser o PSF, acaba sendo a Unidade Mista e com isso atravancando toda a saúde pública. Conforme o atual secretário, não houve tempo suficiente para que mudanças mais profundas fossem realizadas. “Nós organizamos a saúde. Colocamos muita coisa no seu devido lugar, mas a atenção básica será o grande desafio da próxima administração”, frisou, informando que o trabalho já realizado, pela sua equipe, e as articulações políticas com o governo estadual possibilitarão que o próximo gestor melhore a atenção básica do município.




Fonte: Diário da Serra

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