Repórter News - www.reporternews.com.br
Internacional
Terça - 21 de Dezembro de 2004 às 20:58

    Imprimir


A polícia francesa ficou, por enquanto, sem suspeitos do brutal assassinato de duas enfermeiras cometido no hospital psiquiátrico de Pau (sudoeste da França), no sábado, depois de libertar nesta terça-feira dois antigos pacientes que tinham sido detidos nos arredores da cidade.

Os dois foram soltos horas depois de serem detidos, na manhã de terça-feira, segundo a Justiça. Com estes, já são oito pessoas detidas e liberadas no caso.

A polícia tinha chegado aos dois pacientes pelo histórico de antecedentes violentos no hospital. Mas os investigadores ainda não estão convencidos de que o autor do crime seja um ex-paciente, segundo as fontes.

À espera de avanços nas investigações, a polêmica sobre a segurança cresce no hospital psiquiátrico de Pau. A equipe do continua perturbada pelo assassinato e pede mais recursos para o setor, que consideram abandonado há 20 anos.

Os resultados da autópsia nas duas enfermeiras fizeram descartar a possibilidade de violência sexual ou roubo como motivos de duplo assassinato, segundo o procurador de Justiça de Pau, Eric Maurel.

A enfermeira Chantal Klimaszewski, de 48 anos, e a auxiliar de enfermagem Lucette Gariod, de 40, foram atacadas na madrugada de sábado quando cobriam o turno da noite no pavilhão de doentes de Alzheimer.

A investigação determinou que o autor ou autores do crime se "saciaram" com ambas, pois os corpos tinham feridas póstumas.

O cadáver de uma delas foi encontrado decapitado na sala de repouso, e a cabeça deixada em cima da televisão. O corpo da outra, que tinha recebido punhaladas múltiplas no pescoço, foi deixado no corredor rodeado por uma poça de sangue.

A arma do crime ainda não foi localizada, mas pelo tipo de ferida sabe-se que é um arma branca de "lâmina alongada", segundo o procurador, o que pode ser um sabre ou um punhal grande.

A comoção provocada pelo crime na comunidade médica francesa levou o ministro da Saúde, Philippe Douste-Blazy, a convocar uma reunião de crise. O ministério acabou determinando a ligação direta dos serviços de urgência dos hospitais e de alguns serviços psiquiátricos com a Delegacia de Polícia mais próxima, como é feito em bancos e joalherias.




Fonte: Agência EFE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/363145/visualizar/