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Polícia Brasil
Quinta - 16 de Dezembro de 2004 às 08:29

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A Suprema Corte, última instância da Justiça no Uruguai, deverá julgar até o dia 25 de dezembro o recurso da defesa do bicheiro João Arcanjo Ribeiro, cuja extradição foi determinada pelo Tribunal de Apelação de Montevidéu.

A informação é do Ministério da Justiça brasileiro, que enviou ontem um ofício ao juiz federal Julier Sebastião da Silva, informando sobre a possibilidade.

No ofício, o representante da Divisão de Medidas Compulsórias do MJ, Humberto Alves de Mendonça, escreveu que a defesa do bicheiro ainda tenta evitar que o cliente seja extraditado.

Segundo o Ministério da Justiça, o recurso deverá ser julgado até o natal, quando começa o recesso do Poder Judiciário uruguaio. Quando autoridades brasileiras estiveram em Montevidéu tentando apressar a extradição do bicheiro, em junho de 2003, o presidente da Suprema Corte, Roberto Parga, garantiu que o processo teria celeridade.

No último dia 17 de novembro, o Tribunal de Apelação havia acatado o pedido de extradição de Arcanjo. Na mesma decisão, sua mulher Sílvia Shirata teve o pedido negado e foi colocada em liberdade, junto com o uruguaio Adolfo Oscar Olivero Sesini, também acusado de participar do grupo comandado pelo bicheiro. No caso de Sílvia, pesou a favor dela, na opinião dos ministros do Tribunal de Apelação, o fato de que lavagem de dinheiro, pelo qual está condenada no Brasil, não ser considerado crime no Uruguai. Sesini foi beneficiado porque o tratado entre os dois países proíbe a extradição de naturais.

Em fevereiro desse ano, o juiz José Ferreira, do 12o Turno Penal de Montevidéu, já havia determinado em primeira instância a extradição de Arcanjo, apesar de impor condições para que ele fosse trazido ao Brasil.

Seu advogado à época recorreu ao Tribunal de Apelação. Ao todo o processo tramitou durante nove meses na segunda instância. Caso o processo seja mesmo julgado antes do natal, o trâmite na Suprema Corte uruguaia terá sido mais breve, pouco superior a um mês.

Arcanjo foi preso no dia 11 de abril do ano passado em uma elegante casa do bairro Carrasco, em Montevidéu, onde estava vivendo desde que fugira do país.




Fonte: Diário de Cuiabá

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