Produtores de Mato Grosso já financiaram mais de R$ 235 milhões para esta safra

Buscar recursos junto ao governo Federal ou até mesmo nas instituições financeiras tem sido a forma a dotada há anos pela maioria dos produtores de todo o país. São poucos os que com recursos próprios conseguem manter a safra sem a necessidade de buscar o dinheiro fora para ajudar no cultivo.

O Banco do Brasil é a instituição que controla a liberação de recursos que vem dos cofres do governo Federal a juros mais baixos, 8,5% ao ano, os chamados eqüalizáveis. Para esta safra foram liberados R$ 25,5 bilhões para serem investidos no campo em todo o país. Deste total, segundo a superintendência do Banco do Brasil em Mato Grosso, R$ 1,5 bilhão foi destinado para o Estado, que está entre os maiores produtores do Brasil. Veja quanto o governo Federal emprestou até o mês de outubro para os produtores de alguns municípios do Nortão produzirem a safra 2004/2005.

Sinop – R$ 69,487 milhões
Sorriso – R$ 74,121 milhões
Lucas – R$ 28,817 milhões
Mutum – R$ 33,333 milhões
Alta Floresta – R$ 1,311 milhão.

Além dos recursos vindos dos cofres do governo, os produtores mato-grossenses também foram buscar dinheiro nas instituições e o próprio Banco do Brasil este ano abriu linhas de crédito como: Cédula de Produto Rural (CPR) Estrada, CPR sem taxa de aval, ACC Rural (Adiantamento de Contrato de Câmbio) para algodão e soja, entre outros financiamentos. Para isso disponibilizou para Mato Grosso R$ 2,5 bilhões para suprir a lacuna de recursos liberados pelo governo para o Estado que, segundo o próprio, banco não são suficientes para bancar a safra. Neste caso, os juros são maiores e podem chegar a casa dos 20% ao ano conforme o contrato. Veja o que o banco emprestou até outubro aos produtores mato-grossenses:

Sinop – R$ 25,852 milhões
Sorriso – R$ 45,174 milhões
Lucas – R$ 10 milhões
Mutum – R$ 9,278 milhões
Alta Floresta – R$ 450 mil