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Nacional
Sábado - 30 de Outubro de 2004 às 06:53
Por: Elder Ogliari

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Porto Alegre - Os dois candidatos de Porto Alegre se esforçaram para expor contradições de adversário no último debate da campanha eleitoral para a prefeitura, no final da noite desta sexta-feira, na RBS TV. Em alguns momentos a discussão foi tensa, mas não evoluiu para agressões pessoais. No maior parte do tempo, os concorrentes repetiram as propostas e críticas da campanha em torno de temas como saúde, educação e necessidade de um metrô para a cidade.

As acusações mais duras forma feitas ao final do encontro, Raul Pont, do PT, insistiu em apresentar José Fogaça, do PPS, como um parlamentar que votou pelo aumento do tempo de contribuição para aposentadoria dos trabalhadores da iniciativa privada e recebeu o benefício depois de 16 anos no Senado. Fogaça lembrou que trabalhou por 40 anos, como bancário, professor, deputado estadual e federal e senador. E acusou Pont de fazer campanha com folhetos impressos por seu gabinete de deputado estadual. O candidato petista disse que se submete ao controle do Tribunal de Contas e que não há nada de ilegal em sua correspondência.

Em outro momento tenso, Pont considerou como montagem uma cena da campanha de 1996, usada nos programas de Fogaça, em que aparece dizendo que nenhum paciente esperaria mais de sete dias por uma consulta especializada, e desafiou seu adversário a comparar os gastos em saúde da época em que foi prefeito com os que fazia o então governador Antônio Britto. Fogaça repetiu que havia a promessa de atendimento rápido e que oito anos depois algumas pessoas têm de esperar de seis meses a dois anos por uma consulta.

Nas considerações finais Fogaça repetiu a proposta de respeitar o passado, de administrações petistas, e construir novos projetos em cima daquilo que já foi feito. Pont ironizou a campanha de Fogaça, que apresenta o candidato como "a cara da cidade" e disse que a cara de Porto Alegre é a de sua população. Destacou programas do PT que já estão em andamento, como a urbanização de favelas na entrada da cidade, como um exemplo de administrações que devem continuar. Não houve nenhum pedido de direito de resposta no debate.




Fonte: Agência Estado

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