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Nacional
Terça - 26 de Outubro de 2004 às 04:29
Por: Fausto Macedo

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São Paulo - O cardeal emérito de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, clamou nesta segunda-feira à noite pela imediata abertura dos arquivos do regime militar. "O povo merece ser informado, por isso é preciso abrir os arquivos o quanto antes", defendeu Dom Paulo, pouco antes de participar da cerimônia de entrega do 26º Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, em São Paulo, no Parlamento Latino Americano.

"Apesar de saber que o presidente ds República já se manifestou um tanto negativamente sobre esse ponto, eu exigiria, não só pediria, que se abrissem os arquivos porque a história é que nos explica o que se passa nos dias de hoje, e nossa evolução desde o momento das tortura e desde a reação do povo contra a Revolução, a opressão e o silêncio imposto".

Dom Paulo era o cardeal arcebispo de São Paulo em outubro de 1975, quando Vlado morreu nas dependências do DOI-CODI, órgão de repressão do antigo IIº Exército. O cardeal lembrou que no dia 25, quando o jornalista foi encontrado morto em uma cela daquele departamento, imediatamente telefonou para o general Golbery do Couto e Silva, que estava em Brasília.

Sobre a polêmica das fotos de Herzog, publicadas há nove dias, o cardeal disse que vê o episódio como "um simples engano". Para ele não se deve atribuir "nenhuma importância" ao caso. Dom Paulo acredita que houve "de fato uma mistura das fotografias". Ele observou: "De toda parte a gente era fotografada, então houve essa confusão com o padre que está no Canadá, aliás não o conheci, ele nunca trabalhou em São Paulo, nunca trabalhou comigo, no entanto conheço diversos colega dele e sei que é muito sério, e ele quer se ver livre dessa terrível humilhação a que o submeteram no Brasil", declarou Dom Paulo.




Fonte: Agência Estado

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