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Educação/Vestibular
Domingo - 24 de Outubro de 2004 às 22:16
Por: Rose Domingues

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A melhor escola para a criança estudar, independente de pública ou particular, é aquela que fornece o mínimo de estrutura física e preparo aos professores.

"Os pais também têm de participar, cobrar e acompanhar o filho. Até a melhor escola particular não conseguiria bom êxito com uma criança que não tem uma boa base familiar", diz o professor Paulo Speller, reitor da Universidade Federal Mato Grosso (UFMT).

Segundo ele, a má fama das escolas públicas cresceu sobretudo por conta da desvalorização do educador.

Em seguida, continua Speller, vem a falta de investimento no setor.

Na opinião do reitor, para haver a massificação do ensino público, como o governo federal quer, é preciso existir uma decisão política de "investimento".

A crise econômica vivenciada por muitas famílias de classe média levanta a discussão, mais uma vez, sobre a qualidade do ensino público.

"Se o pai não pode mais pagar a mensalidade da escola particular ideal para o seu filho, ele terá de procurar uma escola boa que seja de graça. Quanto mais gente se preocupa e cobra, melhor deve ficar o serviço", observa Speller, que prevê mudanças a partir dessa migração de alunos das particulares para as públicas.

Ele entende ainda que essa diferença vivida pela filha da educadora Neuza, que chegou na escola pública já alfabetizada para fazer o 1º ciclo (equivalente a 1ª série) é uma questão de opção de política educacional do Estado, que não prioriza a alfabetização antes dos sete anos.

"Isso não quer dizer que esses alunos sejam melhores ou piores. Não dá para avaliar a qualidade a partir disso", descarta.




Fonte: A Gazeta

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