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Nacional
Sábado - 16 de Outubro de 2004 às 07:03
Por: Rosa Costa

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Brasília - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse nesta sexta-feira que considera encerrado o assunto da sua reeleição no cargo. Ele afirmou que nem chegou a conversar com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, durante almoço em sua casa, sobre as chances de aprovação da emenda à Constituição que permitiria sua permanência e a do presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), no comando das duas Casas do Congresso. "Há dois ou três meses, venho dizendo que esse assunto está superado", afirmou, sem se estender sobre os nomes dos candidatos aos cargos.

Sobre o futuro da emenda da reeleição, disse que seria "uma grande contradição" comentar sobre a possibilidade de aprovação da proposta este ano ou num eventual período de convocação extraordinária depois de dar o tema por concluído. Sarney disse que ele e o ministro José Dirceu conversaram sobre a pauta de votação do Senado e o resultados das eleições municipais, especialmente a de São Paulo. "Ele me disse que está muito otimista com a campanha da Marta Suplicy , achando que ela está em um período de crescimento", informou.

O presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), e o senador Heráclito Fortes (PFL-PI), acusaram ontem o governo de agir com deslealdade para com o presidente do Senado na questão da reeleição. Heráclito disse que o Planalto terminou dificultando sua permanência no cargo, ao exagerar na dose de medias provisórias. "Os fatos estão mostrando desde o começo que o governo não fez um jogo sincero com Sarney", afirmou.

Para Bornhausen, a "enxurrada de MPs, muitas desnecessárias, inviabilizou a votação da emenda. Se quisesse mesmo ajudar João Paulo e Sarney, não teria obstruído a votação", alegou. Sarney não quis entrar no mérito do que houve com essa emenda, mas concordou com seus amigos quanto ao exagero na edição de medidas provisórias. Segundo ele, os procedimentos na votação de MPs "está fadada a ser revista porque está competindo com as prioridades do Congresso".




Fonte: Agência Estado

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