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Nacional
Quinta - 14 de Outubro de 2004 às 07:22

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A Infraero rejeitou a proposta feita nesta quarta-feira pela Vasp para renegociar uma dívida de R$ 11 milhões, referente a taxas aeroportuárias não pagas nos últimos três meses. O plano apresentado nesta quarta-feira pela companhia aérea é o mesmo da semana passada, que já havia sido recusado.

De acordo com a assessoria de imprensa da Infraero, a proposta feita pela Vasp era a de parcelar em seis vezes o pagamento do débito, com a primeira parcela em dezembro. Mas como não existe novidade, ainda segundo a assessoria, a diretoria executiva e o conselho de administração da Infraero sequer a analisarão novamente.

O vice-presidente do Conselho de Administração da Vasp, Haroldo de Castro de Oliveira, esteve nesta quarta-feira no Ministério da Defesa, em Brasília, para entregar o plano. Por conta dessas dívidas, a Vasp corre risco de parar de voar.

Desde esta quarta-feira, a empresa tem de pagar à vista e diariamente as taxas aeroportuárias à Infraero. A primeira parcela foi de R$ 63 mil. Ao todo, a dívida da Vasp com a Infraero soma R$ 760 milhões.

Na semana passada, o presidente da Vasp, Wagner Canhedo, esteve com o ministro da Defesa, José Viegas, para entregar o plano de reestruturação da empresa, cujas dívidas totais beiram os R$ 3 bilhões. A companhia aérea teve prorrogada por seis meses sua concessão para voar.

Neste período, a Vasp terá de equalizar suas dívidas e, sobretudo, garantir as normas de segurança de vôos e "adequada prestação de serviços", como cumprimento de horários.

Funcionários tentam

Um pequeno grupo de empregados da Vasp esteve durante todo o dia em busca de apoio de autoridades do governo para o caso. Um manifesto intitulado "A Vasp não pode parar" foi entregue a representantes da Casa Civil, da Infraero, do Ministério da Defesa e até do Palácio do Planalto. No documento, os empregados pedem medidas "urgentes e imprescindíveis" para garantir a existência da empresa.

Eles pediam também o mesmo tratamento que vem sendo dado para outras empresas do setor. Mas, dentro do governo, a percepção é de que isso será bastante difícil, já que a situação das duas empresas mais problemáticas do setor, Varig e Vasp, são muito diferentes.

No caso da Varig, para a qual está sendo elaborado um plano de emergência, o governo leva em conta o fator estratégico da companhia, sobretudo por conta das rotas internacionais que possui e que geram divisas de aproximadamente R$ 1 bilhão.

Além disso, a Vasp enfrenta problemas com outros credores na Justiça e sua falência já chegou a ser pedida na semana passada.




Fonte: Reuters Investor

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