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Lins repudia reportagem sobre crimes no Rio
O secretário de Segurança Pública em exercício, Marcelo Itagiba, disse hoje que considerou exagerada a reportagem do jornal britânico The Independent sobre o Rio de Janeiro publicada ontem. Mesmo sem ter lido a reportagem, que descreve o Rio como "cidade da cocaína e da carnificina", o chefe de Polícia Civil, delegado Álvaro Lins, manifestou repúdio e rebateu as críticas da imprensa estrangeira. A governadora Rosinha Matheus, não quis comentar o assunto.
"É um título que nós não vamos aceitar de forma alguma. Nós não produzimos cocaína. Há outros locais no mundo que têm um volume de cocaína, de consumo e de trânsito, maior que o Rio de Janeiro. Inclusive países de primeiro mundo", disse Lins hoje.
O texto compara os conflitos entre traficantes e a polícia aos combates na Chechênia e no Sudão. "Com ferozes guerras campais explodindo no Rio, muitos temem que a cidade esteja diante do abismo", diz o texto, que compara o número de mortes violentas no Rio com o da Cisjordânia. Segundo o jornal, entre 1987 e 2001, foram 4 mil homicídios na cidade, contra 467 no território palestino ocupado por Israel.
A reportagem ressalta que a cidade "conhecida mundialmente como maravilhosa" é cenário de violentos confrontos entre quadrilhas rivais. Conforme o Jornal do Brasil, a matéria provocou reações imediatas não apenas de autoridades do governo do Estado e do município, mas também de estudiosos.
Em nota, a secretaria de Segurança Pública informou que "o mais recente levantamento nacional dos índices de criminalidade - elaborado, em 2003, pelo Ministério da Justiça, com base nos dados de 2002 informados pelas secretarias estaduais de Segurança Pública - coloca o Rio no sétimo lugar em número de homicídios dolosos". E acrescentou que nunca se investiu tanto em segurança - são R$ 2,8 milhões previstos orçados deste ano.
O pesquisador da ONG Centro de Justiça Global, Marcelo Freixo, disse ao Jornal do Brasil que usar o termo guerra é prejudicial para entender o que acontece no Rio. "A idéia pressupõe um inimigo que precisa ser eliminado, contribuindo para a criminalização da pobreza."
"É um título que nós não vamos aceitar de forma alguma. Nós não produzimos cocaína. Há outros locais no mundo que têm um volume de cocaína, de consumo e de trânsito, maior que o Rio de Janeiro. Inclusive países de primeiro mundo", disse Lins hoje.
O texto compara os conflitos entre traficantes e a polícia aos combates na Chechênia e no Sudão. "Com ferozes guerras campais explodindo no Rio, muitos temem que a cidade esteja diante do abismo", diz o texto, que compara o número de mortes violentas no Rio com o da Cisjordânia. Segundo o jornal, entre 1987 e 2001, foram 4 mil homicídios na cidade, contra 467 no território palestino ocupado por Israel.
A reportagem ressalta que a cidade "conhecida mundialmente como maravilhosa" é cenário de violentos confrontos entre quadrilhas rivais. Conforme o Jornal do Brasil, a matéria provocou reações imediatas não apenas de autoridades do governo do Estado e do município, mas também de estudiosos.
Em nota, a secretaria de Segurança Pública informou que "o mais recente levantamento nacional dos índices de criminalidade - elaborado, em 2003, pelo Ministério da Justiça, com base nos dados de 2002 informados pelas secretarias estaduais de Segurança Pública - coloca o Rio no sétimo lugar em número de homicídios dolosos". E acrescentou que nunca se investiu tanto em segurança - são R$ 2,8 milhões previstos orçados deste ano.
O pesquisador da ONG Centro de Justiça Global, Marcelo Freixo, disse ao Jornal do Brasil que usar o termo guerra é prejudicial para entender o que acontece no Rio. "A idéia pressupõe um inimigo que precisa ser eliminado, contribuindo para a criminalização da pobreza."
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/372290/visualizar/
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