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Nacional
Sexta - 08 de Outubro de 2004 às 07:25

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A Vasp ganhou mais seis meses para regularizar a sua situação com o governo federal. O Ministério da Defesa enviou ontem para a Presidência da República a proposta de decreto que prorroga por mais seis meses a concessão para que a empresa aérea continue voando.

Para obter a prorrogação a Vasp entregou ao DAC (Departamento de Aviação Civil) um plano de recuperação da empresa, que inclui ajuste de novos horários de transporte e um proposta de renovação da frota da empresa, a começar pela importação de seis aeronaves Boeing 737-300. A Vasp também formalizou junto ao DAC solicitação para importar os equipamentos citados.

O prazo para a assinatura do atual contrato de concessão da Vasp com o DAC venceria no próximo domingo. Se não entregasse um plano de recuperação da companhia até lá, a Vasp perderia sua concessão e seria iniciado um processo de suspensão gradual dos vôos da empresa.

Tratamento igualitário

Anteontem, a assessoria de imprensa da aérea divulgou nota, assinada por "funcionários da Vasp e da rede franqueada Vaspex", na qual afirmou exigir "que seja dado tratamento equânime e justo a todas as empresas aéreas brasileiras, que passam por dificuldades, como suas congêneres em todo o mundo, e que cesse o tratamento desigual que vem sendo imposto à Vasp e a seu proprietário, Wagner Canhedo".

A empresa, que tem 10% de participação no mercado, informou que está negociando suas dívidas com a Infraero.

A Justiça de São Paulo determinou anteontem um prazo de 24 horas para a companhia pagar R$ 9 milhões em dívidas com manutenção de turbinas à GE, que anteontem pediu a falência da empresa, a partir do momento em que for notificada do pedido. Nenhum representante legal da empresa foi encontrado ontem.

A Vasp pode optar por apresentar defesa, mas nesse caso corre o risco de ter sua falência decretada.

Três aeronaves e 20 turbinas da Vasp foram dadas neste ano em garantia à GE por conta de outros débitos que a aérea tem com a empresa --o total da dívida alcança cerca de US$ 30 milhões.

A empresa aérea também enfrenta uma disputa judicial com a Vitória Régia Leasing, com a qual tem leasing financeiro de três Boeing-737/300.




Fonte: Folhapress

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