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Nacional
Segunda - 13 de Setembro de 2004 às 15:01
Por: Saulo Moreno

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O ator Marcos Palmeira esteve hoje em Brasília para sugerir ao governo ações que possam melhorar as condições de saúde dos índios Xavantes. Ele foi com o Cacique Isaias, da aldeia São Pedro, do município de Campinápolis, no Mato Grosso, a encontro com o presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Valdi Camarcio Bezerra. Ao final da reunião, ficou acertado que uma equipe de técnicos deve ir à comunidade na próxima semana para identificar problemas mais urgentes e desenvolver oficinas que possam melhorar as condições de higiene e saúde dos índios.

A proposta de Palmeira tem como base dados levantados pela Expedição Auê, liderada pelo ator e executada por técnicos como o zootecnista Fábio Ramos e a socióloga Larissa Barros. Eles conviveram durante 25 dias no mês de julho com as comunidades São Pedro, Onça Preta e Parinauá, que juntas reúnem cerca de 400 índios. Segundo o Cacique Isaias, os problemas simples, como gripes e vômitos, precisam ser tratados por profissionais. “A gente quer que um médico profissional visite a gente duas vezes por mês. São coisas que vêm de gerações antigas, mas ninguém se responsabiliza com isso”, disse o índio.

Segundo Marcos Palmeira, o encontro, que além da presença dos técnicos da Funasa e da Expedição Auê, contou também com representantes da Funai, foi importante porque mostrou a preocupação de um trabalho conjunto para resolver o problema dos índios. “O que se falou muito nessa reunião de hoje foi não realizar mais ações isoladas. A saúde está ligada com a cultura, com a alimentação, com a auto-estima. Eu acho que com ações muito simples e básicas pode-se reverter a situação emergencial da aldeia”, acredita o ator.

O presidente da Funasa, Camarcio Bezerra, que já está trabalhando na região com o objetivo de melhorar as condições de saúde e vida dos Xavantes, disse que os maiores problemas dos índios estão ligados diretamente aos hábitos das comunidades. “A questão de saúde tem muito a ver com os hábitos alimentares dos índios. Os indicadores de saúde como mortalidade infantil, turbeculose, desnutrição e a mortalidade adulta também estão ligadas às condições de alimentação da população indígena. Nós queremos fazer um trabalho intersetorial com os vários setores, na busca de alternativas para melhorar os indicadores de saúde”, concluiu.




Fonte: Agência Brasil

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