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Cultura
Quarta - 07 de Julho de 2004 às 11:40

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Uma versão da ópera O Rapto do Serralho, de Mozart, modernizada para incluir cenas de estupro, tortura, nudez e prostituição, está causando polêmica em Berlim, na Alemanha.

A estréia na Komische Oper gerou comentários acalorados entre o público e a crítica.

O catalão Calixto Bieito, diretor da montagem, já provocou escândalo com produções exibidas na Grã-Bretanha.

Ele disse que quis trazer a ação para um bordel dos dias de hoje para evidenciar o problema do comércio sexual.

'Inaceitável'

A ópera, que originalmente se passava em um palácio turco do século 18, tem como protagonista um cafetão que mata as prostitutas no final da noite.

A montadora DaimlerChrysler, uma das patrocinadoras do espetáculo em Berlim, ameaçou retirar a ajuda anual de US$ 24 mil à companhia por causa da montagem de Bieito.

"O abuso de cenas de sexo e violência é absolutamente inaceitável", disse Matthias Kleinert, conselheiro da diretoria da empresa, ao jornal Bild-Zeitung. "Quando as prostitutas foram assassinadas em massa no palco, eu tive que sair do teatro."

A produção também mostra cenas de masturbação, simulações de sexo e prostituição forçada, além de contar com uma ária cantada por um membro do coro que canta nu em um chuveiro e com um ator que urina no palco.

Outras polêmicas

Algumas pessoas, entretanto, elogiaram o espetáculo, dizendo que ele reflete o texto obscuro por trás da fascinante partitura de Mozart.



O espetáculo também tem lotado o teatro.

Em 2002, Bieito dirigiu a montagem de O Morcego, de Strauss, para a Ópera Nacional do País de Gales, escandalizando o público com orgias, violência e linguagem forte.

Ele também foi criticado pelas produções de Don Giovanni, de Mozart, e Um Baile de Máscaras, de Verdi, para a Ópera Nacional da Inglaterra, que mostravam um estupro homossexual, ritos sexuais satânicos e masturbação.




Fonte: BBC Brasil

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