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Nacional
Sábado - 05 de Junho de 2004 às 13:23

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A Polícia Federal começou a desvendar a rede de proteção em torno de Law Kin Chong, chinês naturalizado brasileiro, considerado o maior contrabandista do país. De acordo com o Jornal Nacional, os próprios presos por corrupção revelaram os nomes de policiais civis e federais, supostamente favorecidos pelo esquema de pagamento de propinas. Chong foi preso na terça-feira, em São Paulo, após tentar subornar, através de seu advogado, Pedro Lindolfo Sarlo, o presidente da CPI da Pirataria, deputado Luiz Antônio de Medeiros (PL-SP).

Com base em uma agenda de Law, apreendida este ano, pela CPI da Pirataria, o serviço de inteligência da Polícia Federal escreveu: "Percebe-se que ele mantinha contato com diversos policiais civis e militares, com telefones particulares e de delegacias. Há também telefones e contatos com policiais federais".

Na conversa em que o próprio Law oferece dinheiro ao deputado Medeiros, o nome de um policial federal é citado pelo contrabandista: "Paulo Endo, da Polícia Federal? Se eu tivesse confiança, eu não o tiraria. Nós o tiramos, porque ele fala demais".

Segundo a policia, na agenda de Law, também aparecem os nomes de outros dois policiais federais e de três juizes federais, todos acusados de formação de quadrilha durante a Operação Anaconda, a investigação que apura denúncias de venda de sentenças.

De acordo com as investigações, Law encomendava operações policiais contra inimigos nos negócios do contrabando e pagava até US$ 10 mil por uma blitz que pudesse abalar a concorrência. Respostas

O agente Paulo Endo, citado por Law, não foi encontrado pela Polícia Federal. Em nota, a superintendência em São Paulo afirma que, se for comprovado o envolvimento de servidores, eles serão responsabilizados.

Pelo Deic, respondeu o diretor Godofredo Bittencourt, também citado como favorecido no esquema de propina: "Pedro Lindolfo é uma pessoa que eu não conheço. É a primeira vez que ouço falar no nome dele. Se existe alguma acusação ou algum comentário de que possa existir algum policial que tenha cometido algum deslize, nós temos uma corregedoria totalmente transparente".

Os juízes Ali Mazloum e Casem Mazloum disseram que nunca tiveram amizade com Law Kin Chong. Ali afirmou que já expediu mais de 20 mandados de busca e apreensão em depósitos de Law.




Fonte: Terra

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