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Internacional
Sábado - 24 de Abril de 2004 às 20:48

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Bagdá - O Exército americano informou hoje sobre a morte de mais sete fuzileiros navais (marines) e pelo menos 31 iraquianos (entre os quais 26 civis) em uma nova onda de violência no Iraque. Simultaneamente, o administrador americano, Paul Bremer, voltava a convocar ex-oficiais do derrotado Exército de Saddam Hussein e ex-professores vinculados ao Partido Baath, do ex-ditador iraquiano.

Dos sete soldados americanos que morreram neste sábado, dois haviam sido gravemente feridos em tiroteio com rebeldes na região de Faluja (oeste da capital iraquiana) na sexta-feira. Os demais cinco tombaram durante ataque rebelde a uma base na localidade de Taji (norte da capital). Nesse mesmo incidente, seis marines tiveram ferimentos graves. Os insurgentes dispararam foguetes contra a base do interior de um caminhão. Os soldados pediram reforço e um helicóptero destruiu o veículo iraquiano. Não foi revelado o número de baixas do lado rebelde.

Uma série de explosões num mercado de aves de Sadr (cidade xiita próxima de Bagdá) e nos bairros de Habibie e Shawader, da mesma cidade, deixaram pelo menos 12 iraquianos mortos e cerca de 40 feridos, informou o diretor de um hospital da região, Abdul Salam al Zubaidi.

Na região de Iskandria (sul da capital), um ônibus lotado de iraquianos passou sobre uma mina que explodiu, matando 14 passageiros e ferindo 30. O veículo era escoltado por uma patrulha americana. Outros cinco iraquianos morreram em choques com patrulhas polonesas na região de Kerbala (centro do país). "Os insurgentes iraquianos abriram fogo com fuzis Kalashnikov e granadas contra nossos soldados, que prontamente reagiram", informou o porta-voz das forças polonesas, Slawomir Walencztkowski.

Por sua vez, um porta-voz do Exército americano disse que marines interceptaram em uma rodovia próxima das cidades de Basra e Zoubeir (sul do país) um caminhão carregado com 4 toneladas de explosivos. “Capturamos também três iraquianos suspeitos dos atentados com carros-bomba na semana passada em Basra e Zoubeir que deixaram 74 mortos e mais de 160 feridos", destacou o funcionário americano.

Retiradas

Ao mesmo tempo, o chanceler norueguês, Jan Petersen, confirmou que a Noruega vai repatriar em 1.º de julho os 150 soldados que mantém em território iraquiano. Petersen rejeitou os apelos do secretário de Estado americano, Colin Powell, para que Oslo mantivesse o contingente no Iraque.

A Espanha, por sua vez, já iniciou os preparativos para retirar seus 1.300 soldados do país árabe. E o novo chanceler espanhol, Miguel Angel Moratinos, defendeu o "fim da lógica de ocupação" aplicada na região pelos Estados Unidos e sua substituição por "uma lógica de libertação". Segundo ele, o problema iraquiano é mais político e de legitimidade democrática.

Já a França voltou a descartar qualquer possibilidade de enviar tropas ao Iraque. Mas hoje o governo francês manifestou disposição de colaborar com o país árabe no treinamento de forças militares e policiais iraquianas.




Fonte: Associated Press

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