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Polícia Brasil
Quarta - 21 de Abril de 2004 às 16:40

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A rebelião na penitenciária Urso Branco, em Porto Velho (RO), voltou a causar cenas de barbárie nesta terça-feira. Depois de um impasse nas negociações, os presos amotinados mataram dois detentos e penduraram os corpos no alto de uma caixa d´água, à mostra de quem estava do lado de fora. Também foi pendurado o corpo de um terceiro detento, que havia sido assassinado mais cedo.Por volta das 21h as negociações foram encerradas.

As cenas dramáticas repetiram a barbárie de ontem, quando os presos decapitaram colegas diante da imprensa e cerca de cem testemunhas. O secretário estadual da Defesa, Segurança e Cidadania, Paulo Roberto Oliveira de Moraes, confirmou nove mortes na penitenciária. As especulações, contudo, são de que os mortos seriam dez.

A situação permanece tensa dentro e do lado de fora do presídio, cercado pela Polícia Militar. Por ordem do governo, o fornecimento de energia elétrica e água está cortado, assim como a entrada de alimentos. A fome começa a vencer a resistência dos rebelados, que tentaram trocar reféns por comida no início da noite. Apesar de os negociadores não aceitarem, acabaram libertando cinco mulheres reféns. Todas estavam bastante enfraquecidas pela falta de alimentação.

As reféns libertadas afirmaram ao site Rondonia Agora que há 165 mulheres e crianças em poder dos rebelados. Segundo elas, os presos acompanham os noticiário da TV e também anotaram os dados pessoas dos reféns, que poderiam sofrer algum tipo de vingança em caso de invasão do local pela polícia.

Polícia teme fuga

À tarde, o secretário disse que setores da inteligência da polícia descobriram que os presidiários estão cavando um túnel, que seria utilizado para uma grande fuga em massa, possivelmente à noite. Ele não detalhou em que setor estaria localizado o túnel.

Cerca de 100 presos ameaçados de morte e que estavam em uma área isolada do Urso Branco, chamada de "seguro", foram transferidos no final da tarde para os presídios Urso Panda e Ênio Pinheiro, localizados ao lado. A polícia temia que eles também fossem assassinados durante o motim.

Negociações suspensas

Participam das negociações com os rebelados autoridades policiais, judiciárias, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público e da Arquidiocese de Porto Velho. No final da tarde, os presos haviam exigido negociar apenas com o governador Ivo Cassol. As conversas, porém, devem recomeçar nesta quarta-feira.




Fonte: Redação Terra

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