Sobre candidatura ao governo de MT, Blairo Maggi diz 'não' a Dilma e acena com seu suplente Cidinho Santos

Principal interlocutor da presidenta Dilma Rousseff (PT) durante sua passagem por Lucas do Rio Verde para o lançamento da colheita da safra recorde de grãos 2013/14, ex-governador e senador Blairo Maggi (PR) teve de usar da habilidade para reduzir a pressão por sua possível candidatura ao governo de Mato Grosso. Ele confidenciou a amigos que foi cobrado por Dilma sobre a necessidade de “ocupar espaço e fortalecer o palanque”, com sua candidatura ao palácio Paiaguás. 

Em resposta à presidenta, Blairo disse que considera o momento impróprio para entrar na disputa, já que decidiu priorizar a vida empresarial, com ênfase para a criação e instalação do Banco A. Maggi. A nova instituição financeira do agronegócio aguarda a ‘carta de patente’ do Banco Central.

“A presidente lhe perguntou se ‘estava pronto para o enfrentamento em Mato Grosso’. Ele respondeu que está executando projetos incompatíveis com candidatura”, revelou para o Olhar Direto uma testemunha de parte do diálogo, no avião que levou Dilma de Brasília para Sinop. 

Nos últimos meses, em todas as entrevistas para o Olhar Direto, o senador republicano tem repetido que não é candidato a governador, em outubro deste ano.

Novo cenário

Maggi admitiu a existência de um novo cenário interno, no Partido da República, com redefinição da candidatura ao governador. Até há poucos dias, o pré-candidato do PR ao governo era Maurício Tonhá, o ‘Maurição da Água Boa’. Desde a última quinta-feira (07/02), o pré candidato é o ex-prefeito José Aparecido Cidinho Santos (PR), primeiro suplente de Blairo, no Senado. 

A base aliada, com nove partidos já assegurados possui outros pré-candidatos a governador: Lúdio Cabral (PT) e o vice-governador Francisco Taquínio Chico Daltro (PSD), além de Maurição da Água Boa.

Diante da pergunta do Olhar Direto sobre a possível pré-candidatura de Cidinho Santos ao Palácio Paiaguás, em Lucas do Rio Verde, Maggi apenas ergueu o polegar em sinal de ‘positivo’, soltou uma gargalhada e seguiu ao lado de Dilma Rousseff.