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Quinta - 22 de Maio de 2014 às 18:44

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O presidente do Tribunal de Contas, Waldir Teis, se manifestou pela primeira vez sobre o possível envolvimento de conselheiros do órgão em crimes contra a administração pública, investigados na 5ª fase da Operação Ararath. Segundo ele, neste momento, não cabe ao TCE tomar nenhuma providência e só vai agir caso a Justiça comprove que houve prática de crime. “Neste caso o Tribunal vai agir, abrir processo administrativo, respeitando a Constituição e o Regimento Interno”, ressalta.

Sérgio Ricardo, por exemplo, é acusado de ter comprado a cadeira do conselheiro aposentado Alencar Soares (PSD), por R$ 4 milhões. O caso chegou a vir à tona na época, em 2012, no entanto, ambos negaram a “negociação”. Outro envolvido é o conselheiro afastado pela Justiça, Humberto Bosaipo, acusado de lavagem de dinheiro. Além disso, na manhã desta quinta (22), a ex-esposa de Junior Mendonça, pivô da operação, disse que Domingos Campos Neto e seu pai, o falecido Ary Leite, também faziam negociações com Mendonça.

Diante disso, Teis argumenta que história de compra de cadeira no TCE sempre existiu, mas ninguém nunca provou. “Compra de vagas é mais ou menos como você falar em Saci Pererê. Todo mundo acredita nele, mas ninguém viu. Então nós também desconhecemos isso. Não dá para dizer que houve. Há indícios”.

O presidente destaca ainda que os casos ocorreram antes de Sérgio Ricardo entrar no tribunal e não usou o TCE para qualquer coisa. “Se agiram, foi por conta pessoal deles”. Por enquanto ninguém será afastado e a situação não vai interferir nos julgamentos do TCE, que vão seguir normalmente com atividades no Pleno. Sérgio Ricardo não participou da sessão de ontem (21) do Pleno, sob justificativa de força maior. “Ele justificou e a gente respeita”, diz Teis.

Sobre a divulgação dos valores e dados constantes na decisão do STF, o presidente afirma que o ministro Dias Toffoli mandou fazer a investigação com base na delação premiada de Júnior Mendonça e que agora o caso será averiguar, por isso, não deve ser considerado como prova contra os conselheiros. Para ele, o caso não mancha a imagem da instituição, pois trata-se de ações pessoais e possíveis mudanças na forma como os conselheiros são escolhidos vai depender da sociedade.





Fonte: RD News

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