Taxa básica de juros deve se manter em 11% nesta semana, dizem economistas Instituições financeiras também elevaram a projeção da inflação para 2014
As instituições financeiras consultadas pelo BC (Banco Central) não esperam por elevação da taxa básica de juros, a Selic, na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), marcada para os dias 27 e 28 de maio. Essa expectativa faz parte da pesquisa semanal do BC sobre os principais indicadores econômicos.
Atualmente a Selic está em 11% ao ano, após passar por nove altas seguidas. Apesar de não esperar por alta da taxa básica neste mês, as instituições financeiras acreditam que ao final de 2014, a Selic estará em 11,25% ao ano. Para o fim de 2015, a projeção caiu de 12,25% para 12% ao ano.
A Selic é usada como instrumento para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação. Quando o Copom do Banco Central aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Inflação
Cabe ao BC perseguir a meta de inflação, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). A meta tem como centro 4,5% e limite superior em 6,5%. De acordo com a projeção das instituições financeiras o IPCA pode ficar muito próximo do teto da meta, em 6,47%. Essa foi a segunda alta seguida na estimativa. Na semana passada, a previsão era 6,43%. Para 2015, a projeção foi mantida em 6%.
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A pesquisa semanal do BC também traz a mediana das expectativas para a inflação medida IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna), que passou de 6,87% para 6,83%, em 2014, e segue em 5,50%, em 2015.
Para o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), a estimativa foi ajustada de 7,11% para 6,97%, este ano, e em 5,50%, em 2015.
A estimativa da inflação medida pelo IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) passou de 5,94% para 6,10%, este ano, e de 4,8% para 5%, em 2015.
PIB
A estimativa para a expansão do PIB (Produto Interno Bruto), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi ajustada de 1,62% para 1,63%, este ano, e de 2% para 1,96%, em 2015.
Dólar
A projeção para a cotação do dólar permanece em R$ 2,45, em 2014, e em R$ 2,51, no próximo ano.
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