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Quarta - 28 de Maio de 2014 às 13:21

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Os investigadores da Polícia Federal localizaram uma planilha com valores e nomes de promotores e delegados na residência do ex-secretário de Estado Eder Moraes (PMDB), durante busca e apreensão realizada em fevereiro.

A relação conta com três indicações diferentes de valores, sendo o original, o corrigido e o a ser pago. O total é de R$ 10,8 milhões, R$ 10,6 milhões e R$ 7,9 milhões, respectivamente.

A PF considera a planilha suspeita por conta de ter sido encontrada no “mesmo local e circunstância da apreensão dos documentos que sugerem pagamento de propina a autoridades do Poder Executivo e Legislativo (notas promissórias, cheques, lista contábil de pagamento, operações bancárias, anotações de depósitos)”, diz trecho do parecer da procuradora Vanessa Scarmagnani.

Apesar disso, ela ressalta não ser possível afirmar se, efetivamente, houve o pagamento destes valores nem mesmo qual a origem dele e se eram lícitos ou não.

Na planilha, são citados o procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, cujo nome surge ao lado da quantia de R$ 516,7 mil, e o promotor do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) Marcos Regenold Fernandes, vinculado ao montante de R$ 59,7 mil.

Ambos são apontados no inquérito do Ministério Público Federal como suspeitos de auxiliar Eder Moraes a atrapalhar as investigações da operação Ararath.

Ontem à tarde, o procurador-geral reagiu indignado ao surgimento da lista. Prado afirma que a planilha se refere a cartas de crédito emitidas a membros do MPE, que foram adquiridas pela Rede Cemat com deságio. Ela estaria com Eder Moraes porque ele foi secretário de Fazenda.

“Promotores que estavam há mais de 30 anos sem tirar férias, trabalhando pelo Estado, agora estão sendo acusados de fazer parte de uma organização criminosa. Eu não admito isso. O Estado não tinha condições de pagar e os servidores negociavam no mercado com deságio de 25%, parcelado em 12 vezes sem qualquer correção monetária”, explicou.

Prado ainda apontou uma suposta tentativa de desmoralizar o MPE e intimidar promotores de Justiça, uma vez que eles também investigam um esquema semelhante ao que é alvo da operação Ararath.

“Querem enxovalhar a honra do Ministério Público, mas eu não vou permitir. Se eu quisesse proteger alguém não tinha delegado uma tropa de choque para investigar este caso aqui também. Nove promotores da promotoria do Patrimônio Públicos estão em diligência”, afirmou. 





Fonte: Do DC

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