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Cidades/Geral
Sexta - 01 de Agosto de 2014 às 08:33

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A defesa do ex-secretário de Estado Éder Moraes (PMDB) protocolou um pedido para que o peemedebista cumpra sua prisão cautelar em Cuiabá. Um dos argumentos usados pelos advogados é de que o Centro de Detenção Provisória (CDP) do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, foi fechado nesta quinta-feira (31).

O juiz da 5ª Vara Tribunal Regional Federal em Mato Grosso, Jeferson Schneider, pode dar a resposta ainda hoje, tendo em vista que nesta sexta-feira é o último dia das oitivas no processo resultante da “Operação Ararath”, na Justiça Federal do Estado.

Um dos motivos da prisão preventiva em Brasília atende a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), que argumentou que o ex-secretário ainda exerceria grande poder de influência no Estado.

Conforme os advogados, passados mais de 70 dias da prisão, ocorrida em 20 de maio, o ex-secretário já não exerce o poder alegado pelo MPF e que por isso pode voltar para o Estado sem causar prejuízos às investigações.

Na análise do pedido de transferência de Éder, o juiz deve buscar o comportamento do peemedebista neste período em que ficou em Brasília.

OITIVAS – Nesta quinta-feira foram retomados na Justiça os testemunhos de defesa do caso. A previsão inicial era de que oito pessoas seriam ouvidas, entre elas a colunista Karina Nogueira, ex-mulher de Gercio Marcelino Mendonça Júnior – o Júnior Mendonça, delator do caso.

No entanto, ela não compareceu. Ainda não se sabe se ouve dispensa ou se a colunista decidiu não comparecer. No total foram ouvidas seis testemunhas.

Entre os arrolados estavam o ex e o atual auditor-geral do Estado, José Gonçalves Botelho do Prado e José Alves, respectivamente.

Conforme Alves, seu depoimento foi independente, e não tinha a função de contribuir para a defesa de nenhum dos réus no processo. O auditor se negou a dizer quais foram os questionamentos do juiz. Afirmou apenas que foi questionado sobre a atuação da Auditoria Geral do Estado.

Esta foi a primeira oitiva de que Éder participou. Em Cuiabá desde a semana passada, o ex-secretário preferiu não participar das sessões anteriores. Para hoje a estão marcados mais quatro depoimentos relativos ao caso. Ainda não se sabe se o ex-secretário deve participar.

Éder e os outros investigados na operação cumprem medidas restritivas de direito e não podem conversar entre si. Com isso o peemedebista não pode conversar com a própria esposa, a empresária Laura Costa, também investigada na operação.

No entanto, a defesa dos dois segue com estratégias semelhantes. Conforme o advogado Marden Tortorelli, que defende Laura no processo, sua cliente não participaria de negociações de sua empresa. Afirma que os detalhes financeiros sempre ficavam por conta de Éder.

O advogado alega ainda que no depoimento de Júnior Mendonça, o empresário afirmou nunca ter negociado com Laura. No entanto, descarta que sua cliente tenha servido como “laranja” emprestando o nome para ser usado no suposto esquema.

Além dos dois, ainda respondem neste processo o ex-secretário-adjunto de Fazenda Vivaldo Lopes e o superintendente regional do BicBanco em Mato Grosso, Luiz Carlos Cuzziol. Eles estão sendo processados por crime contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro. 





Fonte: Do DC

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