Quatro devem depor no último dia de série de audiências da Ararath em MT Até agora 19 testemunhas foram ouvidas pelo juiz da 5ª Vara Federal. Processo tem como réus Éder Moraes, a mulher dele, e mais duas pessoas.
Quatro pessoas devem ser ouvidas pelo juiz Jefferson Schneider, da 5ª Vara Federal em Mato Grosso, nesta sexta-feira (1º), último dia da série de depoimento das testemunhas de defesa dos réus no processo da Operação Ararath, deflagrada em maio deste ano contra crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Até agora, 19 pessoas já foram ouvidas nas três audiências. O processo corre na Justiça Federal e apura crime de lavagem de dinheiro, fraude e crime contra o sistema financeiro.
Um dos réus já ouvidos foi o auditor-geral do estado, José Alves Pereira, que substituiu o também investigado por suposto envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro, governador Silval Barbosa (PMDB). Ele disse ter dado depoimento autônomo e que não incriminou, nem defendeu ninguém.
Entre as testemunhas de Éder Moraes, ex-secretário de estado que está preso desde maio por suspeita de tentar prejudicar as investigações da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República, estão um ex-funcionário da Auditoria-Geral do Estado (AGE) e outro da Procuradoria-Geral do Estado (PGE).
Éder Moraes é acusado de ser o principal articulador do esquema de lavagem de dinheiro, fraudes e crime contra o sistema financeiro, enquanto ocupou cargos públicos de confiança nos governos Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa. A defesa dele já pediu o relaxamento de prisão na Justiça pelo menos cinco vezes. Mas o ex-secretário de Fazenda do estado continua preso para não atrapalhar o andamento do processo por meio da influência política que exerce.
Também são réus no processo, a mulher de Éder, Laura Tereza da Costa Dias. O ex-superintendente do Bic Banco, Luiz Carlos Cuzziol, e o ex-secretário-adjunto do Tesouro Estadual, Vivaldo Lopes. Todos eles são acusados de participação no esquema criminoso.
Nesta sexta-feira termina a fase de instrução do processo com previsão de quatro depoimentos. Até agora, 19 pessoas indicadas pelas defesas dos quatro réus foram ouvidas. Os depoimentos deles ainda não têm data marcada. O advogado de Vivaldo Lopes, Ulisses Rabaneda, disse que eles tês o direito que não falar se quiserem, mas que o cliente pretende falar.
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