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Polícia Brasil
Quarta - 26 de Novembro de 2014 às 15:34

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Investigado por posse ilegal de armas e formação de milícia na cidade de Santa Inês, no Maranhão, o cabo J.C. atua na Rota e já foi ameaçado de morte pelo PCC.

Em 7 de maio de 2012, antes de o PM envolver-se no caso, o nome dele chamou a atenção das autoridades penitenciárias por constar de um bilhete encontrado nos telhados da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, onde está detida a cúpula da facção criminosa.

Além do nome do policial, a carta trazia sua matrícula na PM, seu RG, o nome de seu pai, de sua mãe e sua data de nascimento. E uma ordem para matá-lo. Outros três PMs também eram citados.

Um exame grafotécnico concluiu que o bilhete foi escrito por Roberto Soriano, o Betinho Tiriça, apontado pelo Ministério Público como uma das principais lideranças do PCC.

Por conta da ordem de matança dos PMs, o secretário de Estado da Administração Penitenciária, Lourival Gomes, solicitou à Justiça a transferência do detento para um presídio federal.

O pedido foi aceito e, um mês depois, Tiriça se tornaria o primeiro líder da principal facção criminosa paulista a ser transferido para um presídio federal, em Porto Velho, em Rondônia.

Morte de Olívia Palito

As autoridades suspeitam que Tiriça tenha ordenado a execução do policial por ele ter se envolvido na morte de Sérgio Gonçalves, conhecido como Olívia Palito, em São Bernardo, Grande São Paulo, em janeiro daquele ano. Após o caso, o PCC iniciou uma série de ataques às forças de segurança.

Assim que chegou ao presídio federal de Porto Velho, em 2012, Tiriça passou a ser monitorado por meio de escutas ambientais. Em 16 de novembro de 2012, ele foi flagrado em um diálogo com Francisco Cesário da Silva, o Piauí, da favela de Paraisópolis, também integrante do PCC.

Na conversa, Tiriça aborda os ataques em São Paulo e diz que o PCC praticaria atentados até a Copa do Mundo, o que não aconteceu.

Por conta dessa ameaça, o preso foi punido com 120 dias de isolamento na unidade prisional. Piauí acabou transferido para Mossoró.

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Ao terminar de cumprir o castigo, em março de 2013, durante um banho de sol, Tiriça foi flagrado em outra escuta. Dessa vez foi acusado de conversar com outros presos sobre os colegas do sistema penitenciário de Alagoas.

Segundo agentes federais, Tiriça utilizou o termo "desaguar" para falar de novos "batizados". Cumpriu mais 360 dias no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), o mais duro regime a que um preso pode ser submetido.

Ao deixar o RDD, queixou-se da presença de milicianos do Rio de Janeiro na unidade e ficou mais oito meses no isolamento. Depois disso, a unidade decidiu transferi-lo para o Presídio Federal de Mossoró (RN), onde deve ficar isolado até fevereiro de 2015.

Por causa da transferência de Tiriça, os presos de Porto Velho quebraram pias e vasos nas celas.





Fonte: Do R7, e Josmar Jozino, da TV Record, especial para o R7

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