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Economia
Segunda - 22 de Dezembro de 2014 às 19:17

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A empresa francesa Alstom pagará US$ 772 milhões em multas após acusações de suborno a funcionários do governo para garantir contratos de equipamentos de energia em países como Indonésia, Arábia Saudita, Egito, Índia e China.

O acordo anunciado pelo Departamento de Justiça dos EUA nesta segunda-feira (22) seria a maior multa criminal aplicada nos Estados Unidos a uma empresa por pagamento de propina no exterior.

A multa será para resolver acusações relacionadas a um "esquema generalizado envolvendo dezenas de milhões de dólares" em subornos em todo o mundo, incluindo países como a Indonésia, Arábia Saudita, Egito e as Bahamas, informou o Departamento de Justiça dos EUA.

O Departamento de Justiça disse que Alstom pagou mais de US$ 75 milhões para obter US$ 4 bilhões em projetos ao redor do mundo e que a empresa Alstom admitiu o pagamento.

"Não vamos esperar para que os países ajam de forma responsável", disse Leslie R. Caldwell, procurador-geral assistente da divisão criminal.

Uma unidade da Alstom e dois funcionários também foram acusados pelo departamento antifraudes do Reino Unido pelo suborno de funcionários entre 2002 e 2010.

A Alstom já esteve sob os holofotes tanto por causa das enormes multas por causa de subornos quanto por queda nas encomendas e uma crise de liquidez.

Em junho, a empresa concordou em vender a maior parte dos negócios de energia à General Electric Co. para que pudesse voltar sua atenção à sua unidade de transporte ferroviário.

O grupo de engenharia Alstom deixou os investidores inquietos na sexta-feira (19) ao dizer que não conseguiria transferir para a General Electric uma iminente multa nos Estados Unidos por acusações de corrupção.

A empresa francesa está vendendo a maior parte de seu negócio de energia para o conglomerado industrial norte-americano por 12,35 bilhões de euros (15,15 bilhões de dólares) e transferindo suas dívidas como parte do pacote. Os investidores da Alstom interpretaram que isso significava que quaisquer custos com propinas seriam da GE.

Falando numa assembléia geral extraordinária, na qual mais de 99% aprovaram o negócio, Patrick Kron, presidente-executivo da Alstom, disse que as negociações estavam em fase final e que a Alstom, não a GE, provavelmente pagará a conta.

"Se um acordo for fechado, o que esperamos que ocorrerá em um futuro próximo, o Departamento de Justiça (dos EUA) deverá exigir que qualquer multa fique sob a responsabilidade da Alstom e não poderá sequer ser parcialmente transferida à GE", disse.





Fonte: Da Reuters

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