Repórter News - www.reporternews.com.br
Ciência/Pesquisa
Sexta - 06 de Março de 2015 às 11:31

    Imprimir


Reprodução

Nas profundezas do universo, pesquisadores da Universidade de Pequim descobriram um jovem e monstruoso buraco negro supermassivo, estimado em 12 bilhões de vezes a massa do nosso Sol, sendo um dos maiores já registrados.

Usando dados do Sloan Digital Sky Survey, Micron All Sky-Survey, e Wide-field Infrared Survey Explorer, o incrível corpo foi encontrado, tendo seu tamanho medido através da luminosidade em torno dele. Graças a sua imensa gravidade, os buracos negros estão, constantemente, sugando gases e outros materiais de suas proximidades. Este processo aquece o gás de tal forma, que emite energia intensa e radiação térmica incrivelmente brilhante.

Esta energia luminosa é conhecido como um quasar (abreviação de quasi-stellar radio source, ou fonte de rádio quase-estelar), e pode conter muitas pistas sobre o interior do buraco negro. "Usando espectroscopia, detectamos a emissão de luz em torno de buracos negros, então usamos as propriedades deste gás e de sua distância para estimar a massa do buraco negro", explicou Xue Wu-Bing, o principal pesquisador do estudo, à revista Popular Science.

Este gigante talvez não seja apenas um dos maiores buracos negros supermassivos já encontrados, como também a maior descoberta sobre início do universo. Acredita-se que este buraco negro exista a 12,8 bilhões de anos-luz de distância da Terra, ou seja, a luz que nós estamos vendo em seu entorno é relativamente jovem, possuindo apenas 900 milhões de anos. (Isso também significa que não há nenhuma chance dele engolir a Terra, caso você esteja preocupado). Acredita-se que o Big Bang tenha ocorrido 13,8 bilhões de anos atrás.

Dada a forma deste buraco negro, sua imensa massa é surpreendente para os cientistas. Isso significa que o buraco negro tenha crescido constantemente a uma taxa muito alta, logo após o Big Bang, algo considerado muito raro, nessas proporções.

"As pessoas assumem que há uma taxa de crescimento rápida para estes buracos negros, mas a energia liberada pelo buraco negro, muitas vezes, interrompe o fluxo de material novo. Por isso ele não cresce tão rápido ao longo de sua vida útil", disse Bram Venemans, astrônomo do Instituto Max Planck, que escreveu um comentário sobre a pesquisa.

"Mas esse buraco negro deve ter crescido perto de uma taxa máxima para a maioria de seu tempo de vida, sem interrupção causada pela produção de energia. Ainda está além dos limites do que é possível. É surpreendente que isso tenha acontecido de forma tão eficiente por um longo tempo", acrescentou Venemans.





Fonte: Jornal Ciência

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/408814/visualizar/