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Policia MT
Terça - 05 de Maio de 2015 às 14:18

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Bruno Cidade/MidiaNews

A delegada Ana Cristina Feldner, titular da Delegacia Especializada do Consumidor

A delegada Ana Cristina Feldner, titular da Delegacia Especializada do Consumidor (Decon), pediu a prisão preventiva, por estelionato e propaganda enganosa, da decoradora Emanuelly de Sousa Félix e do marido dela, Rafael Lucena. 


Feldner encerrou o inquérito do caso nesta segunda-feira (5).

Agora, o processo será encaminhado para parecer do Ministério Público e, em seguida, para decisão da Justiça.

A delegada justificou o pedido de prisão do casal afirmando que é para garantir a ordem pública e a ordem econômica na Capital.

“Teve um grande clamor da população a respeito desse caso, pois várias pessoas, entre noivas, debutantes e até empresas que ficaram no prejuízo. Mas, o clamor da sociedade não é um requisito da prisão; então, a nossa posição no inquérito é de garantir a ordem pública e a ordem econômica”, disse.

Feldner avaliou ainda, que a punição da decoradora e do marido serve para que outros empresários não incorram no mesmo tipo de crime.

"A argumentação de que o negócio vai mal e vamos fugir não existe. Se essa moda pega, é complicado. Então, nós precisamos mostrar que isso não pode acontecer. Ao abrir um negócio, é preciso seriedade, não há aventura nesse meio"

“A argumentação de que o negócio vai mal e vamos fugir não existe. Se essa moda pega, é complicado. Então, nós precisamos mostrar que isso não pode acontecer. Ao abrir um negócio, é preciso seriedade, não há aventura nesse meio”, afirmou.

Marido teve participação ativa

De acordo com a delegada Ana Cristina Feldner, o marido de Emanuelly, Rafael Lucena, tinha participação ativa nos negócios da empresa e, por isso, também foi indiciado.

“Ele fazia compra dos objetos de decoração, assinava contrato e estava presente em quase todas as negociações. Tanto, que ele se ausentou da cidade com a Emanuelly”, disse a delegada.

Feldner afirmou, ainda, que Rafael não compareceu à delegacia para prestar depoimento sobre o caso.

“Tentamos fazer o interrogatório dele aqui, mas não foi possível”, disse.

Vítimas
Segundo a delegada, 54 pessoas registraram Boletim de Ocorrência, dizendo serem vítimas da decoradora e do marido.

Ana Cristina Feldner alegou, entretanto, que o número de vítimas é ainda maior, tendo em vista que muitos não comparecem na delegacia para prestar depoimento.

A delegada disse, ainda, que há registro de vítimas no interior do Estado e, até mesmo, fora de Mato Grosso.

"Foi realmente um rombo muito grande, não é um caso isolado. Foram vários, um descumprimento total, um verdadeiro caos instalado"

“Foi realmente um rombo muito grande, não é um caso isolado. Foram vários, um descumprimento total, um verdadeiro caos instalado”, afirmou.

O prejuízo total causado por Emanuelly e Rafael, conforme a delegada, não foi calculado. Mas, segundo o depoimento da própria decoradora, esse valor chegaria a R$ 800 mil.

Ressarcimento

Um caminhão da empresa de Emanuely e do marido foi apreendido, na tentativa de garantir algum valor para o ressarcimento das vítimas. Além dele, apenas objetos de decoração foram encontrados, com valor total de cerca de R$ 5 mil reais.

“O caminhão foi adquirido, mas também não foi pago nenhuma parcela pela Emanuelly. Houve o sequestro e arresto de alguns objetos de decoração. Porém, o valor é bem pequeno perto de todo o prejuízo causado”, explicou a delegada.

Mesmo com a prisão, não há garantias de que as vítimas de Emanuely e o marido sejam ressarcidas, já que, conforme Feldner a Polícia Civil age apenas na área criminal. Para obter o dinheiro de volta, as vítimas terão que ingressar com uma ação cível na justiça comum.

O caso

Emanuelly foi acusada de aplicar golpes em noivas, debutantes e empresas fornecedores de serviço, em Cuiabá.

No último dia 20 de março, após receber dinheiro de clientes, a decoradora e o marido desapareceram da Capital, deixando de realizar vários eventos para os quais havia sido contratados.

Três dias depois, casais procuraram a Polícia, e foi aberto um inquérito para investigar o caso. Emanuely só apareceu após uma semana.

Ela prestou depoimento e afirmou que resolveu sair de Cuiabá porque estava falida, com prejuízo de R$ 800 mil. 





Fonte: Midia News

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