'Charlottes' nascidas no Brasil acham que princesa vai popularizar o nome

Charlotte Vilela, de 40 anos, de Brasília, diz que sempre gostou de ter um nome "diferente". "Sempre me diverti com pessoas que achavam que era apelido ou nome profissional. Nunca conheci outras Charlottes e confesso que gostava muito dessa exclusividade. Mas penso que, a partir de agora, Charlotte pode se tornar um nome bem comum. Mas a generosidade também é característica dos soberanos. Então que comece a linhagem Charlottiana", brinca.

A brasileira explica que a mãe sempre gostou desse nome, mais comum nos livros de romance que lia, e já tinha escolhido Charlotte para quando tivesse uma filha. Um ano antes do nascimento, no entanto, a morte da avó fez a brasileira ganhar um primeiro nome.

"Fui registrada como Maura Charlotte. O Maura é em homenagem à minha avó", diz a assessora de imprensa.

O nome duplo rendeu muitas brincadeiras. "Tem gente que me chama de Maura, outros me chamam de Charlotte. Dizem que tenho personalidade Charlotte, de princesa, mais feminina. E falam 'hoje você está tão Charlotte' quando me arrumo", brinca.

Para ela, a escolha de William e Kate foi perfeita para a bebê. "Este nome vai dar sorte à princesa. Vai ser uma princesa moderna. Que ela seja muito feliz e que carregue, além dessa aura real, a aura da modernidade que a mãe e o pai parecem carregar", diz Charlotte Vilela. "As auras de modernidade e de simplicidade que seus pais tanto se esforçam em manter podem lhe proporcionar ser ela mesma."

Personagem de novela

Charlote Cavalcante, de 24 anos, mora em Goiânia e trabalha como consultora de beleza. Ela explica que o seu nome (com um "t" apenas) foi inspirado em uma personagem da novela "Que Rei sou Eu?", de 1989 – a Charlotte era interpretada pela atriz Cristina Prochaska. "Na época, meus pais não estavam com planos de ter filhos. Meu pai disse que se tivesse mais um se chamaria Charlote", explica a jovem.

Ela diz que muita gente não sabe pronunciar ou escrever seu nome corretamente. "Acho que é um nome bonito e forte, tem tudo a ver comigo." Com a chegada da princesa, ela diz que as coisas vão ficar mais fáceis. "Estava torcendo para ser esse mesmo quando fiquei sabendo das opções. Fiquei feliz para agora termos uma referência."

'Exclusividade' perdida

Para a advogada Charlotte Nagel de Marco, de 37 anos, de Joaçaba (SC), seu nome era quase que uma exclusividade. "Nunca tinha visto ninguém com esse nome, só na TV", afirma. "Achava legal ter só eu com esse nome."

Ela conta que ficou muito feliz com a escolha do nome da princesa britânica. "Agora é um nome de princesa. E o mais curioso é que o meu pai e o meu irmão se chamam Charles. Somos a 'família real brasileira'!"