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Quinta - 28 de Maio de 2015 às 08:01

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Os motoristas e funcionários do transporte público em Cuiabá e Várzea Grande, na região metropolitana da capital, entraram em greve nesta quinta-feira (28). De acordo com o Sindicato dos motoristas Profissionais e Trabalhadores em Empresas de Transportes Terrestres de Cuiabá e Região (STETT/CR), a categoria reivindica reajuste no salário, no vale-alimentação e comissão para motorista. Em nota o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano do Estado de Mato Grosso (STU) informou aoG1que apresentou uma proposta para o sindicato na tentativa de impedir a paralisação mas foi negada pela categoria.


Segundo o STU, aproximadamente 345 mil pessoas utilizam todos os dias o transporte público em Cuiabá e Várzea Grande. Existem quatro empresas que são responsáveis pelo transporte de passageiros nestas duas cidades incluindo a frota municipal e intermunicipal.

Atualmente o salário dos motoristas é de R$1,8 mil e a categoria pede o reajuste para R$2 mil, o que representa um aumento de 11,11%. O sindicato também reivindica aumento no valor da gratificação paga junto ao salário, de R$ 220 para R$ 250, além disso, cobram o aumento do ticket alimentação de R$100 para R$150 e 10% de aumento no salário dos trabalhadores do setor administrativo.

A STU ofereceu até o momento o reajuste do salário dos motoristas para R$2 mil, o pagamento de R$120 de ticket alimentação e 8,5% de aumento para os demais trabalhadores. A proposta foi rejeitada pela categoria na assembleia realizada na última terça-feira (26) dia também onde a categoria decidiu pela greve.

A desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Maria Beatriz Theodoro Gomes, antecipou para a tarde de sexta-feira (29) uma audiência de conciliação entre os motoristas e as empresas que estava marcada para a próxima semana.

A jornada de trabalho dos motoristas é de 7 horas por dia 6 dias por semana. Segundo o presidente do STETT/CR, Ledevino da Conceição, aproximadamente 1,3 mil motoristas atuam nas ruas de Cuiabá e Várzea Grande. “A jornada é muito desgastante, os ônibus são de péssima qualidade e a cobrança dos usuários é muito alta. O salário desse profissional não é atraente”, destacou.

O presidente orienta ainda que a população evite o transporte coletivo durante os dias, pois a demanda de ônibus será precária neste período. Parte desses trabalhadores está reunida na frente da empresa em que trabalham.

No mês de janeiro deste ano, funcionários de duas empresas do transporte coletivo na capital paralisam as atividades em parte do dia devido ao atraso de salário. Durante a mobilização nenhum coletivo circulou pelas ruas.

Em 2014 a greve dos motoristas do transporte público na grande Cuiabá durou quatro dias, sendo que em um dia nenhum ônibus circulou em Cuiabá e Várzea Grande, descumprindo a determinação judicial e prejudicando 100% das pessoas que dependem deste meio de transporte para a locomoção.

Decisão

Na segunda-feira (25) a desembargadora Maria Beatriz Theodoro Gomes atendeu à solicitação do STU, e determinou através de liminar judicial que seja mantido em atividade 70% (setenta por cento) da frota nos horários de pico (05h30 às 9h; das 11h às 14h; e das 17h às 20h), e 50% nos demais horários sob pena de multa diária de R$ 30 mil ao sindicato, caso seja descumprido essa determinação. O sindicato entrou com a liminar para evitar transtorno e prejuízos aos usuários garantindo a circulação da frota conforme determina a lei.





Fonte: G1 MT

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