Governo Dilma corta emenda de R$ 14 milhões para batalhão do Exército em Sinop

O governo federal cortou R$ 21,4 bilhões das emendas de bancadas da Câmara dos Deputados. A medida, anunciada como forma de garantir a meta do superávit primário, afetou a emenda do deputado Nilson Leitão (PSDB) que havia destinado R$ 14 milhões na Lei Orgânica Anual de 2015 para começar a construção do batalhão do Exército em Sinop. "Não é surpresa. A presidente vetou R$ 10 bilhões para saúde e educação. É lamentável o que ela está fazendo com o país. 

Está dando calote nas prefeituras e Estados. O caminho que está adotando é da falência, do empobrecimento. Ela vem dando calote nas emendas de bancada desde 2012, mas vou continuar lutando e já conversei com o governador Pedro Taques para conseguir R$ 1 milhão para o Exército", disse Leitão. O corte vai atrasar o início das obras e muda o planejamento do Exército que buscava começar este ano as obras. Em março Leitão, Adilton Sachetti (PSB) e Ságuas Moraes (PT) se reuniram com o comandante geral do Exército, Eduardo Villas Bôas, para discutir a destinação da emenda de R$ 14 milhões, que já era dada como certa. Na ocasião, o general apresentou como seria a estrutura do batalhão e o reforço na segurança que o Exército proporcionará nas regiões Norte e Noroeste, além das fronteiras. “Sem desenvolvimento não se salva a Amazônia. 

Esse é o primeiro passo para a preservação. Além disso, estamos em um país que tem enormes dimensões territoriais e precisamos de uma proteção mais intensa”, expôs. A nível estadual são feitas outras articulações para viabilizar os recursos. Segundo o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) uma das possibilidades seria conseguir uma parte dos recursos via Assembleia Legislativa e com o governador Pedro Taques (PDT). “Tivemos uma reunião ontem com representantes do Exército, deputados e o secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques, para discutir o que pode ser feito”, afirmou. A intenção seria conseguir uma parte das emendas destinadas a cada deputado e uma contrapartida do governo. “A gente precisa de R$ 4 milhões para levar uma equipe para o local e começar a obra. O ideal seria conseguir R$ 8 milhões ou R$ 10 milhões. O governo já fez o compromisso, por meio do Paulo Taques, de viabilizar a contrapartida. 

Convocamos todos os parlamentares para ver com o que cada um pode ajudar, até porque é uma obra para o Estado, não só para Sinop”, ressaltou. A área destinada para construção do Exército fica no Alto da Glória, às margens da BR-163, próximo a subestação da Eletronorte