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Nacional
Sexta - 04 de Setembro de 2015 às 09:15

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A Polícia Rodoviária apreendeu na noite de quarta-feira (2), em Guararema (SP) um dos veículos do empresário de Ribeirão Preto (SP) Michel Pierre de Souza Cintra, suspeito de aplicar R$ 100 milhões em golpes pela web através do site de compras Pank.


O carro, avaliado em mais de R$ 100 mil, era conduzido por um agente de segurança da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Em depoimento à polícia, o funcionário da Alesp informou que conduzia o veículo em direção a um sítio em Igaratá (SP), a pedido de um deputado estadual.

O Ministério Público não divulgou o nome do parlamentar para não atrapalhar as investigações do caso. Cintra teve a prisão temporária decretada na terça-feira (1º) e está foragido.

O promotor Aroldo Costa Filho, que pediu a apreensão do veículo e de outros bens de Cintra, afirma que o deputado já recebeu dinheiro do suspeito em outras ocasiões. "Temos informações do inquérito policial de que o Michel Pierre é conhecido do deputado e fez doações, inclusive de campanha, para ele", afirma.

Segundo o depoimento do agente de segurança da Alesp, o veículo seria levado para um sítio em Igaratá. A propriedade rural, de acordo com o funcionário, é do deputado estadual. O parlamentar teria conhecimento de que Cintra estava envolvido em um esquema de estelionato.

O funcionário prestou depoimento e foi liberado.

O caso
Michel Pierre de Souza Cintra e a mulher, Viviane Boffi Emílio, são suspeitos de aplicar um golpe de ao menos R$ 100 milhões através de um site de compras pela internet. Proprietários da empresa Pank, eles fizeram mais de 42 mil vítimas, segundo estimativa do Ministério Público. O casal é investigado há dez anos.

Viviane foi presa em Ribeirão Preto na terça-feira (1º) e levada para a cadeia de Cajuru (SP). Já Cintra está foragido. De acordo com o promotor Aroldo Costa Filho, o suspeito também é ex-proprietário da empresa Stop Play, que também comercializava produtos pela internet e foi fechada há oito anos pela mesma prática de golpes em clientes.

O casal e outros dois suspeitos comandavam o esquema de estelionato. Uma das bases da empresa Pank, em Ribeirão Preto, contava com 60 funcionários. "Eles vendiam produtos, não entregavam, ou entregavam produtos falsificados e, assim, lesavam inúmeras pessoas no Brasil inteiro", afirma Costa Filho, destacando que empresas de publicidade também foram alvos dos supostos golpistas.

Em depoimentos, ex-funcionários relataram que seguiam uma espécie de cartilha com orientações para enrolar os clientes.

Todos os suspeitos respondem por estelionato, associação criminosa, lavagem de dinheiro e crime contra a economia popular.

A advogada do casal, Cláudia Seixas, informou que não comentará as acusações porque o procedimento investigatório corre em sigilo.





Fonte: G1

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