MT é 7º no ranking nacional de mortes violentas no país, segundo pesquisa

Foto: GCOM-MT

Dados do Fórum Nacional de Segurança Pública apontam que Mato Grosso é o sétimo do país no índice de mortes violentas no país, com 1267 ocorrências do tipo registradas em 2014. Este número corresponde a uma taxa de 42,6 crimes a cada 100 mil habitantes. O cálculo, anuário, leva em consideração casos de homicídios dolosos, lesões corporais seguidas de morte, latrocínios. A pesquisa mostra ainda que os dados são suficientes para classificar Mato Grosso como o segundo mais violento da região Centro-Oeste, perdendo apenas para Goiás.

O mais recente levantamento divulgado também pelo Fórum Brasileiro, que classificou Cuiabá na 9ª posição entre as mais violentas, mostra ainda que análise dos dados aponta que o Estado em 2013 ocupava a 10ª posição com 2,8 assassinatos por dia. No entanto, 'contabiliza' 3,5 ao dia - de acordo com os dados mais recentes.


Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), locais com índices iguais ou superiores a 10 são considerados zonas endêmicas de violência, critério que inclui todos os estados brasileiros nessa classificação, já que, em 2014, foram registrados 58.559 mortes pelos crimes citados. Assim, a taxa que antes era de 27,8 mortes a cada 100 mil habitantes, agora está em 28,9, o que equivale a uma morte a cada nove minutos, em média, no país.

Ações de Segurança - Nova Gestão

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), a maioria desses crimes, principalmente de homicídio, possui motivação passional ou de vingança. “A Polícia Militar faz o seu papel, com ações baseadas em análise criminal, saturação das zonas quentes e o direcionamento do policiamento ostensivo para o dia, hora e local de maior incidência dos crimes. A Polícia Judiciária Civil também faz o seu papel com o trabalho de investigação e identificação do criminoso e encaminhamento à Justiça”, diz nota encaminhada a redação.

A assessoria ta também ressalta que em pelo menos 60% dos casos, os autores dos crimes são reincidentes. Nos crimes de homicídio, por exemplo, a maioria tem passagens pela polícia. São pessoas que vivem no mundo do crime.

Além disso, a redução do crime de homicídio envolve vários fatores, e não apenas a Segurança Pública, já que a maioria dos casos de homicídios está relacionada a drogas e a situações de vulnerabilidade social. Então, onde faltam políticas sociais de recuperação para jovens, saúde, emprego, renda, saneamento básico e asfaltamento o indicador permanecerá alto.

A Secretaria esclarece que, para conter essas situações, foram montadas duas frentes de atuação. A primeira é uma secretaria adjunta de Ações Integradas, que tem como objetivo realizar ações de repressão e prevenção. Já a segunda é a divisão do Estado em 15 Regiões Integradas de Segurança Pública (RISP).

A divisão foi fundamentada com base nos indicadores estatísticos de Inteligência estratégica da Sesp. As RISPs vão permitir maior eficiência nas ações da Segurança Pública no Estado, de forma integrada e regionalizada, dando maior atenção a cada região de Mato Grosso, levando em consideração suas características peculiares. Pelo novo modelo de gestão, a Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil, Corpo de Bombeiros e Politec atuarão de forma integrada, dentro dos limites territoriais das RISPs.

Um grupo que reúne as principais instituições envolvidas no crime de homicídio (Polícia Militar, Polícia Civil e Politec) também foi mobilizado para atuar de maneira direcionada nos locais de maior incidência, na elucidação dos crimes e na perícia nos locais de crime.