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Segunda - 29 de Agosto de 2016 às 07:09
Por: Aline Almeida/Diário de Cuiabá

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Secretaria de Estado de Saúde proibiu a venda de todos os produtos do lote do produto considerado suspeito
Secretaria de Estado de Saúde proibiu a venda de todos os produtos do lote do produto considerado suspeito

vA Polícia Civil está investigando o caso de uma criança de dois anos que morreu em Cuiabá após supostamente ter ingerido uma bebida achocolatada. Como medida de segurança, a Vigilância Sanitária determinou o recolhimento de lotes do produto da marca Itambé, mais especificamente o Itambezinho "Rico em 10 Vitaminas", de 200 ml.

A mãe do menino, R.C.S.S., informou que o menor tomou o achocolatado “Itambezinho” por volta das 9 horas de quinta-feira. O menino já estaria a dois dias resfriado, com sintomas de coriza, mas sem febre. O menino teria pedido algo para comer, foi quando a mãe deu a bebida. Minutos depois, o menor teria apresentado falta de ar e desmaio. A criança foi levada para atendimento na Policlínica do Coxipó, mas não resistiu e morreu no local.

A mãe disse ainda que bebeu um pouco do achocolatado e também passou mal, sentindo tonturas e náuseas. O tio da criança também passou mal e chegou a ser encaminhado a uma unidade hospitalar. A bebida foi dada por um vizinho.

A Polícia Civil confirmou que foram apreendidas cinco caixas do achocolatado, sendo três fechadas e duas abertas - uma vazia, por ser a ingerida pela vítima. O material foi encaminhado para realizar análises do produto e também exames com amostras colhidas da criança em exame de necropsia. Outras suspeitas da causa da morte não são descartadas. A Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica) vai apurar o caso.

A Secretaria de Estado de Saúde informou que recebeu notificação da morte do menor. Em decorrência da suspeita, a Coordenadoria de Vigilância Sanitária do Estado de Mato Grosso solicitou interdição cautelar de todos os produtos Itambezinho Chocolate (sabor chocolate, rico em 10 vitaminas), com data de fabricação em 25/05/2016, validade 21/11/2016 e lote MA 21:18.

Segundo a SES, a interdição cautelar é praxe nos casos de suspeita de contaminação ou desvio de qualidade. Após a conclusão da investigação, serão encaminhadas novas orientações sobre como as vigilâncias sanitárias devem proceder em relação ao produto interditado. “Nesses casos, o próprio estabelecimento, de posse do produto, deve retirá-lo de circulação até a finalização da investigação e a perícia obtenha resultados conclusivos sobre a qualidade e a segurança do produto”, informou a secretaria.

Já a Secretaria Municipal de Saúde, por meio de nota, diz que foram tomadas todas as medidas necessárias, dentre as quais a investigação epidemiológica e as condutas sanitárias relacionadas ao produto consumido. Contudo, a Diretoria da Vigilância em Saúde de Cuiabá ressalta que a interdição cautelar não significa que o produto em questão seja impróprio para o consumo. A medida visa a evitar a expansão do agravo supostamente relacionado ao seu consumo até que sejam esclarecidas as causas da morte da criança.

Já a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá emitiu nota esclarecendo que nenhuma criança deu entrada na instituição, enferma ou ido a óbito, após consumo de achocolatado.





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