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Terça - 23 de Abril de 2024 às 11:31
Por: Angelica Callejas/Mídia News

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Angelica Callejas/Mídia News
Área fica próxima às barracas e serve como descarte de lixo
Área fica próxima às barracas e serve como descarte de lixo

Um dos destinos turísticos mais tradicionais de Cuiabá, o Mercado do Porto está entregue às traças. O estabelecimento passa por reforma desde 2019, e os permissionários que foram realocados estão lado a lado com um lixão a céu aberto.

O pior de ficar aqui é o cheiro que vem do lixão. Se você olhar lá, não acredita como está

A reportagem do MidiaNews esteve no local e conversou com dois proprietários de bancas, que preferiram não se identificar. Eles relataram que o cheiro fica insuportável no calor, o que tem afastado clientes.

Na área de descarte, que fica a pouco menos de 200 metros de distância da primeira barraca, é possível ver uma grande quantidade de lixo em meio a uma poça de líquido quase preto.

O cheiro, mesmo em meio à temperatura mediana na Capital, é repulsivo, além da visão desagradável de vários amontoados de caixotes de madeira, embalagens de plástico, papelão e restos de alimentos.


“A gente passa um sofrimento aqui com o calor. O pessoal não gosta de vir aqui, diminuiu muito os clientes. O lucro nosso lá em cima era bom. Agora, aqui, todo dia a gente joga várias caixas de frutas fora”, disse um dos permissionários.

“O pior de ficar aqui é o cheiro que vem do lixão. Se você olhar lá, não acredita como está”, disse outra feirante. “Acho que todos meus clientes que vêm aqui reclamam. Ontem mesmo um perguntou se [o cheiro] era por causa das frutas, que ficam no Sol”, completou.

Foco de dengue

Desde março tem chovido com muita frequência na Capital, o que contribui para a formação de poças de água, que servem como criadouro para o mosquito Aedes aegypt. O inseto é transmissor da dengue, chikungunya e zica.

O painel do Ministério da Saúde divulgou que, desde janeiro de 2024, Cuiabá já registrou 846 casos prováveis da doença. No mesmo período, houve duas mortes pela doença, na Capital.

Ainda conforme dados do órgão, o coeficiente de incidência da dengue a cada 100 mil habitantes é de 130, considerado “moderado”.

Já o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti de 2024, divulgado em março, pela Secretaria de Estado de Saúde, apontou que a situação é de risco devido ao alto percentual de larvas encontradas em imóveis na Capital.

A classificação é designada às cidades que têm Índice de Infestação Predial (IIP) - que reflete o percentual de casas com presença de larvas de Aedes aegypti - acima de 3,9%.

Segundo a Prefeitura, o Porto, onde está localizado o mercado municipal, é um dos bairros onde foram encontrados muitos focos do mosquito.

A revitalização

A obra de revitalização do Mercado Municipal Antônio Moisés Nadaf - como é oficialmente chamado o Mercado do Porto - teve início em abril de 2019, com investimento previsto em R$ 14,4 milhões.

Mais de quatro anos depois, em agosto de 2023, a Prefeitura entregou a primeira parte da reforma, sendo que a previsão de término era estimada em dois anos.

Já neste mês da abril, a gestão Municipal anunciou o início da segunda parte da obra. O prazo de entrega foi determinado para novembro deste ano.

Assista aos vídeos feitos na última semana no local:






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