Câmara pede cópia de investigação contra prefeito por suposta 'rachadinha' em Sorriso
Câmara Municipal de Sorriso (397 km de Cuiabá) solicitou ao Ministério Público de Mato Grosso (MPE), uma cópia do inquérito sigiloso que investigou o prefeito da cidade, Ari Genésio Lafin (PSDB), por suposta prática de “rachadinha” com servidores do Executivo. O gestor firmou um acordo de R$ 200 mil com o órgão ministerial para que a ação não prosseguisse.
Na sessão desta segunda-feira (6), o presidente da Casa de Leis, Iago Mella (Podemos), afirmou que a Casa de Leis aguarda a chegada dos documentos para tomar as providências. “Foi solicitado à cópia integral de todo o processo que tramita acerca disso, bem também como esse Acordo de Não Persecução Penal (ANPP), que chegará muito em breve à Câmara. Isso para que a gente tenha total conhecimento do que estamos tratando. Aí assim vamos poder tomar as providências cabíveis”, disse.
De acordo com denúncia entregue ao Ministério Público, além do prefeito, a assessora adjunta Julia Catiele Nólio, o secretário adjunto de Obras e Serviços Públicos, Nelson Campos, e o ex-secretário de Administração, Estevan Calvo Hungaro, também estavam envolvidos no esquema.
Uma denúncia anônima revelou que o esquema liderado por Ari Lafin iniciou em 2017 e desencadeou, na Operação Torrent, deflagrada pela Polícia Civil, em 2021. Pelo esquema, servidores comissionados eram cobrados a pagar uma espécie de “pedágio político”, entre R$ 100 e R$ 500 todos os meses, devolvendo assim parte de seus salários ao prefeito e seus subordinados.
Contudo, o gestor firmou um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) e aceitou pagar uma multa de R$ 200 mil para “escapar” do processo. Os parlamentares classificam o acordo como uma “confissão do crime” e exigem que o prefeito preste explicações ao Legislativo e à população.
“Quero fazer um convite ao prefeito Ari para que ele venha à Câmara dar explicações sobre esses fatos ocorridos onde a população tem nos cobrado. Eu acho pertinente essa casa trazer o prefeito para explicar isso”, disse o vereador Mauricio Gomes (PSD).
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