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Opinião
Sexta - 07 de Outubro de 2022 às 11:12
Por: Denimar Nistal Sanches

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06 de Outubro é o Dia Mundial da Paralisia Cerebral, uma patologia que ainda não tem cura e que compromete o movimento corporal, fazendo com que alguns pacientes sejam minimamente afetados e outros sejam exclusivamente totalmente dependentes de seus tutores.

Esta patologia acomete aproximadamente 17 milhões de pessoas em todo o mundo, fazendo com que uma em cada quatro crianças não ande, não fale e tenha epilepsia. Também pode acontecer de que uma em cada duas tenha comprometimento intelectual. Existem vários tipos de paralisia cerebral e diferentes classificações para o grau de impacto.

A abordagem para a melhora do estilo de vida do paciente e familiares se inicia em idade precoce, sendo seu tratamento personalizado de acordo o envolvimento, iniciando com fisioterapias, uso de órteses e aplicações de toxinas botulínicas. Por último, intervenções cirúrgicas como alongamentos tendíneos, transferências musculares, rizotomias e procedimentos ósseos que melhoram a qualidade de vida do paciente e seus tutores. É uma condição que necessita de um acompanhamento multidisciplinar e não só o ortopedista.

A inclusão desses pacientes está na Constituição e figura entre os direitos dos cidadãos, não se tratando apenas do direito ao acesso a todos os lugares, mas também nos meios escolares, esportivos e, por fim, no campo de trabalho, pois ainda existe uma intolerância e discriminação para essa patologia que, apesar de irreversível, alguns pacientes apresentam pequenas disfunções que lhe permitem ingressar no meio produtivo. Outra condição importante são os acessos em calçadas, transportes e locais públicos, pois muitos não têm um padrão adequado para portadores de necessidades especiais.

Também não podemos deixar de falar sobre as dificuldades desses pacientes que dependem da rede pública para realizar os tratamentos, sendo que a maioria chega em fases tardias, com deformidades e luxações, pois o tempo não tratado é o pior inimigo.

A inclusão e o incentivo vêm melhorando gradativamente e uma grande conquista foram os Jogos Paraolímpicos, onde portadores de paralisia cerebral participam e ganham medalhas representando nosso país.

Sabemos que ainda existem muitos obstáculos a serem vencidos, porém com informatização e a era digital e tecnológica, a vida desses pacientes tem melhorado a cada dia, assim como sua inclusão na sociedade.

A data foi criada para discutir e promover os direitos das pessoas com paralisia cerebral, que, segundo o movimento internacional World Cerebral Palsy Day (WCPD), são cerca de 17 milhões no mundo inteiro. A data é celebrada em mais de 75 países, elevando a discussão sobre a inclusão e a vivência de pessoas com paralisia cerebral a um alcance global.

Sobre a SBOT

A SBOT é uma associação nacional de especialidade médica, unidade conveniada da Associação Médica Brasileira (AMB), responsável por congregar os especialistas em Ortopedia e Traumatologia. A SBOT promove e tem a responsabilidade na formação de especialistas, além de prover condições para atualização permanente, sob a forma de ensino, pesquisa, educação continuada, desenvolvimento cultural e defesa profissional.

Dr. Denimar Nistal Sanches é Ortopedista Pediátrico e Ortopedista Oncológico e membro da SBOT-MT.



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