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Opinião
Quinta - 29 de Dezembro de 2022 às 04:51
Por: Emmanuela Bortolleto Santos Reis

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Sepse em pediatria caracteriza-se pela presença de uma infecção sanguínea comprovada associada a dois sinais da síndrome da resposta inflamatório sistêmica, sendo que um desses sinais deve ser obrigatoriamente a alteração da temperatura ou da contagem de leucócitos no exame de hemograma.

Infecções em pediatria podem ser causada por vírus, fungos ou bactérias e, mais raramente, por dois agentes simultaneamente. Por exemplo, um vírus e uma bactéria oportunista. Ou uma bactéria e um fungo.

A síndrome da resposta inflamatória sistêmica caracteriza-se por alterações nos sinais vitais conforme a faixa de idade. A criança pode apresentar febre maior que 38,5°C ou menor que 36°C, os batimentos cardíacos também podem aumentar e a frequência respiratória também.

A pressão arterial pode diminuir e os leucócitos, células responsáveis pela defesa do organismo, identificadas no exame de hemograma, podem aumentar muito ou diminuir, a depender do germe responsável pela infecção.

Ocorrendo o agravamento da sepse(infecção), órgãos vitais como o coração e/ ou pulmão ou outros órgãos como os rins, intestino, pâncreas etc evoluem para a disfunção.

Neste estágio a sepse é dita grave, e o mau funcionamento dos sistemas chama Sepse com Disfunção de Múltiplos Órgãos. Neste momento da doença a criança precisa de máquinas e medicamentos que ajudem no funcionamento dos órgãos comprometidos, no caso do pulmão é a oxigenioterapia e em alguns casos mais graves o ventilador mecânico.

Para o coração são as drogas chamadas aminas vasoativas. No caso dos rins, temos a diálise peritoneal ou hemodiálise.

Como a mortalidade associada a sepse é alta, logo que a criança apresente sinais de infecção associado a comprometimento do estado geral, como: sonolência, recusa alimentar e hídrica, pouco xixi, pele pálida ou acinzentada, prostração, seu responsável deve leva-la o mais rápido possível para um estabelecimento de saúde. Para que nesta primeira hora de atendimento seja realizado a punção de um ou mais acessos venosos com expansão por soroterapia, infusão de antibiótico, monitorização e encaminhamento para uma unidade de terapia intensiva pediátrica.

Os grupos de risco, ou seja, que apresentam maior chance de apresentar sepse são menores de 1 ano de idade, doentes oncológicos, crianças que não possuem baço (esplenectomia), transplantados, presença de cateter central como na hemodiálise, imunodeficientes e condições crônicas debilitantes. A mortalidade é maior conforme menor a idade, menores de 1 ano que não recebem tratamento preciso podem evoluir rapidamente para óbito.

Portanto fique atento a qualquer alteração na criança. Quanto mais cedo o diagnóstico mais chances de evitar um quadro de sepse.

Emmanuela Bortolleto Santos Reis é medica Nefropediatra.



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