Publicidade
Repórter News - www.reporternews.com.br
Opinião
Quinta - 29 de Dezembro de 2022 às 04:52
Por: Laerte Basso

    Imprimir


O verão é sinônimo, entre outros, de praia, piscina e cachoeiras e também de longos períodos com a roupa de banho úmida. Calor e umidade compõem o cenário perfeito para que o fungo da candidíase se instale na sua região íntima.

Estudos apontam que a cada 3 mulheres, duas e meia terá candidíase em algum momento da vida. Por isso, é importante entender o que é essa doença e como evitá-la.

Também conhecida como monilíase vaginal ou a popular “cândida”, a candidíase provoca sintomas como corrimento espesso tipo leite coalhado, coceira ou irritação intensa nos órgãos genitais, ardor, vermelhidão, dor durante a relação. Um ou dois desses sintomas, que aparecem na vagina e na vulva (dentro e fora, bastam para que você procure um ginecologista para iniciar o tratamento.

As mulheres já nascem com esse fungo, que está presente na flora vaginal e vai causar sintomas quando começa a se proliferar demais. Essa proliferação aparece quando a resistência do organismo está deficiente, podendo proliferar em situações de estresse, baixa imunidade, gravidez, uso de antibióticos, diabetes, AIDS e uso de absorventes diários, calor e umidade.


A candidíase não é considerada uma IST (infecção sexualmente transmissível) e somente em casos de repetição o parceiro deverá ser tratado. Outro aspecto importante é que a candidíase não deixa cheiro, mas é incômoda e pode ser uma porta aberta para bactérias oportunistas que levam a secreções secundárias, que podem causar odor.

Apesar de ser mais conhecida por acometer mulheres adultas, a candidíase também pode ocorrer em crianças de diferentes idades por conta da baixa imunidade, suor excessivo, fraldas e roupas de praias úmidas por muito tempo, assim como o compartilhamento de objetos que vão à boca (candidíase oral, conhecida popularmente como “sapinho”).

Portanto, o ideal é manter as fraldas e roupas íntimas limpas e secas; evitar que as crianças fiquem com roupas de praia molhadas por muito tempo após o banho de mar ou piscina; Secar bem as dobras do corpo após o banho; e não compartilhar talheres, chupetas, mamadeiras e/ou outros objetos que a criança leva à boca.

Tratamento

O médico ginecologista após avaliação do quadro e diagnóstico, poderá prescrever antimicótico e antifúngico, tanto via oral quanto local. O tipo e duração do tratamento dependem da gravidade. Além disso, durante o período de tratamento a mulher não deve ter relações sexuais.

Então, se você quiser aproveitar bem seu verão, já percebeu que é importante não ficar com a roupa de banho molhada durante longos períodos. A recomendação é que você troque de roupa assim que puder e dê preferência à calcinha de algodão. Isso evitará que os fungos encontrem um ambiente de proliferação.

No mais, aproveite as férias!

Laerte Basso é ginecologista e obstetra em Cuiabá (MT).



Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/artigo/5000/visualizar/