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Polícia Brasil
Sexta - 28 de Janeiro de 2011 às 15:22

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A Polícia Civil do Paraná afirmou, nesta sexta-feira, que o coronel Jorge Luiz Thais Martins, ex-chefe do Corpo de Bombeiros paranaense, será ouvido no quartel general da Polícia Militar por um delegado designado para tarefa. A data do depoimento ainda não foi definida.

Acusado de nove assassinatos entre agosto de 2010 e janeiro de 2011, Martins teve prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça do Paraná. Há suspeitas de que o coronel teria realizado os crimes como uma possível vingança por causa da morte de seu filho durante um assalto em 2009. O coronel se apresentou à polícia no início da tarde desta sexta.

A delegada Vanessa Alice, que até o ano passado comandava a Delegacia de Homicídios, disse que as investigações começaram em agosto de 2010, após a informação de que um policial militar estaria cometendo os crimes e que essa pessoa teria tido um filho assassinado há algum tempo. Foram feitos exames e colhidos depoimentos de sobreviventes dos crimes atribuídos ao coronel. Martins teria, inclusive, ameaçado algumas pessoas que testemunharam os crimes.

"Foram colocadas fotos para todas as testemunhas, incluindo sobreviventes. Uma das fotos era do coronel e houve 100% de reconhecimento", disse Vanessa, sem revelar quantas pessoas fizeram a identificação. Um dos veículos citados pelas testemunhas é compatível ao que o coronel utiliza diariamente.

A polícia já confirmou que todas as vítimas eram usuárias de entorpecentes e adquiriam as drogas na região dos crimes.

Na quinta-feira pela manhã, durante mandado de busca e apreensão na residência do coronel, foram encontradas munições, mas a arma dos crimes ainda não foi apreendida. O coronel se entregou por volta das 12h desta sexta em um quartel da PM em Curitiba. Cinco inquéritos foram abertos para apurar os crimes, sendo que o primeiro deles tem um prazo de 30 dias para expirar.

"Com a detenção do coronel, outras vítimas devem colaborar com as investigações por se sentirem mais seguras agora", disse o delegado geral da Polícia Civil do Paraná, Marcos Vinícius Micheloto.





Fonte: Terra

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