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Agronegócios
Quinta - 27 de Janeiro de 2011 às 09:23
Por: Marcondes Maciel

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Na região Oeste do Estado, onde a colheita se encontra em etapa mais acelerada, o plantio do algodão ficou em 53%
Na região Oeste do Estado, onde a colheita se encontra em etapa mais acelerada, o plantio do algodão ficou em 53%

Em setembro e outubro do ano passado – meses indicados para o início do plantio da soja – o problema no campo era a falta de chuvas, agravada pelo aumento das queimadas. Pastagens foram parcialmente dizimadas e houve atraso de pelo menos 15 dias na semeadura da soja. Produtores tiveram que refazer o planejamento de plantio porque as janelas ficaram mais curtas. Agora, as fortes chuvas que estão caindo no Estado, além de atrapalhar a colheita da soja plantada em outubro, podem comprometer o plantio do algodão safrinha.

De acordo com levantamento do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), os sucessivos dias de chuva em praticamente todo o Estado estão prejudicando a semeadura do algodão segunda safra, que segue lento na maioria das regiões. Com isso, a janela de plantio está estreitando e grande parte da área ainda não foi plantada.

Outro empecilho para o avanço do plantio da safrinha de algodão, também causado pelo excesso de chuvas, é a demora na colheita da soja. Caso o volume de chuva persista até o final deste mês, a área do algodão poderá ser menor do que a estimado anteriormente e, por consequência, levará à redução da área total esperada para o ciclo 2010/11.

Conforme estimativas de plantio divulgadas pelo Imea, a semeadura da área total de algodão atinge 71% no Estado. As chuvas no período de colheita da soja e, posteriormente, o plantio do algodão ameaçam redução da área prevista de algodão para a segunda safra. As regiões médio norte e Centro-Sul se encontram com maior atraso das atividades em relação às outras regiões, registrando ambas 48% da área plantada. Na região Oeste do Estado, onde a colheita se encontra em etapa mais acelerada, o plantio do algodão ficou em 53%. Já na região Sudeste, verificou-se que 76% do plantio já foi realizado em função da maior área destinada ao cultivo do algodão primeira safra.

COTAÇÃO

Ao contrário do que foi visto na semana passada, a cotação do algodão em pluma em Mato Grosso se valorizou pouco, mas ainda segue com fundamento altista. O mercado, já acostumado com vertiginosas valorizações semanais, dessa vez teve que se contentar com um aumento de apenas 2%. A cotação da pluma de algodão iniciou a semana valendo R$ 110,10/arroba em Alto Garças, R$ 109,80 em Campo Verde e a R$ 109,10 em Campo Novo do Parecis e encerrou o período cotado a R$ 112,10, R$ 111,80 e a R$ 111,10 nas respectivas cidades.

Em São Paulo os indicadores Cepea/Esalq seguem em alta. Diante dos altos preços do mercado interno e externo, os compradores estão de mãos atadas, pois o ritmo intenso das indústrias tem movimentado os negócios. Algumas indústrias já estão reduzindo a quantidade de algodão em suas confecções, aumentando a participação das fibras sintéticas, a fim de amenizar os impactos do preço da pluma. O indicador de preços para pagamentos em 8 dias iniciou a semana cotado a centavos de R$ 340,74 por libra peso e o indicador para pagamentos à vista a centavos de R$ 338,41/lp. Após valorização semanal de 2%, encerraram a semana cotados a centavos de R$ 347,68/lp e R$ 345,29/lp.

EXPORTAÇÃO

O volume exportado de algodão em pluma pelo país em dezembro registrou recuo de 43,1% em relação ao mês anterior. Parte dessa queda se deve à diminuição observada nas exportações mato-grossenses que registram uma queda de 40,1%, passando de 39,6 mil toneladas para 22,5 mil toneladas em dezembro. Apesar da queda verificada nos embarques brasileiros no período, a receita obtida por tonelada foi de US$ 1.713,71, aumento de 2,8% em comparação com novembro e de 21,1% em relação a dezembro de 2009. A melhora das cotações, em razão da menor disponibilidade da pluma nos estoques, resultou no incremento da receita, fechando o ano de 2010 com US$ 405 milhões exportados pelo Estado.






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