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Internacional
Sábado - 20 de Novembro de 2010 às 20:26

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O papa Pio 12 foi "um dos grandes justos, que salvou mais judeus do que ninguém", declara Bento 16 em um livro de entrevistas intitulado "Luz do mundo", que será lançado na terça-feira.

Pio 12 "fez todo o possível para salvar as pessoas", afirma o pontífice, segundo o livro. Bento 16 menciona, por exemplo, o fato de o papa Pio 12 ter escrito em 1938 a todos os bispos do mundo para que agissem a favor da entrega de vistos a todos os judeus que quisessem abandonar a Alemanha nazista.

"Naturalmente, sempre se pode perguntar: Por que não protestou com mais força?. Acredito que viu as consequências que um protesto público poderia gerar", acrescenta o Papa.

"Pessoalmente, sofreu muitíssimo, sabemos disso. Sabia que deveria falar, entretanto, a situação o proibia", acrescenta.

No dia 19 de dezembro de 2009, Bento 16 proclamou Pio 12 "venerável", última etapa antes da beatificação, suscitando protestos de diversas comunidades judaicas.

Vários líderes de comunidades judaicas acusam Pio 12 de manter silêncio quando mais de mil judeus romanos foram deportados, em 16 de outubro de 1943, do gueto situado a poucos metros do Vaticano, do outro lado do rio Tibre. Poucos deles sobreviveram aos campos de concentração.

Mas a Igreja católica responde que Pio 12, papa entre 1939 e 1958, contribuiu para salvar judeus ao escondê-los em instituições religiosas.






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