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Cidades/Geral
Quarta - 27 de Outubro de 2010 às 07:55
Por: Alecy Alves

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Em Mato Grosso, os dados preliminares do Censo 2010 apontam para queda populacional em muitos municípios e crescimento acima dos percentuais estimados em outros.

Também já é possível afirmar que o tamanho médio das famílias mato-grossenses está reduzindo. Caiu de 3,7 habitantes por moradia, medido no Censo populacional de 2007, para 3,3 nesta nova contagem, em fase de conclusão. Contagem termina no domingo.

O município de Carlinda (a 770 Km ao norte de Cuiabá), que chegou a ter 14.780 mil habitantes em 1997, fechou a coleta com 10.571. Atualmente, conforme o novo Censo, o município está com 1.526 moradores a menos que o estimado pelo IBGE para 2009.

Situação similar vive o município de Alta Floresta (820 Km de Cuiabá), que ficou 6% abaixo do crescimento estimado para 2010. Com base no que vinha ocorrendo historicamente, o IBGE estimou que Alta Floresta teria 51.414 habitantes em 2009.

Essa estimativa serviu de base para cálculo de repasses federais, entre os quais do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), e norteou planos, projetos e programas em todas as áreas da gestão pública. Entretanto, a contagem finalizada dias atrás mostra uma Alta Floresta com 48.489 moradores, ou seja, 2.925 moradores a menos.

Já entre os municípios que mais superaram as estimativas de aumento populacional estão Lucas do Rio Verde (350 Km de Cuiabá) e Nova Maringá (400 Km da Capital).

Em Lucas, onde o IBGE estimou que seriam 33.556 habitantes em 2009, o novo Censo apontou 45.125 moradores. Este número representa 11.569 moradores, ou 34%, a mais que o estimado pelo Instituto de Geografia e Estatística.

Em Nova Maringá, distante 400 quilômetros de Cuiabá, o desenvolvimento populacional não chegou a tanto, se comparado aos índices de Luca do Rio Verde. Lá, onde a população prevista para o ano passado era de 5.989, a contagem apontou 6.590, ou seja, 601 moradores a mais, superando em 10% o índice estimado.

A coordenadora operacional do Censo no Estado, Milani Chaves, observou que a tendência de queda é verificada principalmente nos municípios cuja economia é sustentada na extração de madeira, como é o caso de Carlinda.

Milani destacou que ainda não se sabe até que ponto a redução populacional dos municípios vai influenciar na economia local ou repasses de verbas públicas. Entretanto, ela informou que os dados que a contagem está exibindo não são nenhuma novidade para os gestores públicos.

A coordenadora operacional explicou que para cada município foi criada uma comissão de acompanhamento (Comissão de Geografia e Estatística) composta por técnicos do IBGE, representes da prefeitura, da Câmara e da comarca local do Judiciário. Regularmente, assinalou, o grupo se reúne para analisar e debater sobre o trabalho e dados levantados.






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